quarta-feira, 23 de julho de 2014

Educação ambiental.

Tempo 6; o Sr Francisco mostra o tamanho e  o número de raízes (tubérculos) da mandioca com 100 dias de vida, quando normalmente só atingiria esse porte com o dobro de vida; A História: essas terras, hoje, assentamento do Incra, pertenceram a uma usina de plantio e moagem da cana-de-açúcar; para se cultivar cana-de-açúcar é preciso que a oferta de chuvas seja capaz de manter a umidade do solo, da área do plantio, durante 180 dias, no mínimo, dai porque a zona da mata nordestina, onde chove (chovia) mais de 2.000mm por ano, foi o berço da cana-de-açúcar no Brasil; mas essa área da fotografia é agreste RN, onde a oferta de chuvas foi reduzida de média 700mm/ano, para 300mm/ano; o plantio de cana-de-açúcar foi feito nas décadas de 60 e 70, quando a oferta de chuvas era melhor; com o decorrer do tempo, por conta das agressões ambientais, a oferta de chuvas foi diminuindo, e para manter a cana-de-açúcar viva, com tão pouca chuva, o usineiro investia em adubo químico e adubação orgânica; a cada ano diminuía a oferta de chuvas, e aumentava-se  o volume de adubação química, até que aconteceu o colapso - mesmo com adubação química forte, as poucas chuvas de 1.971, 72, 73, 74, 75, 77, 78, 79, 80, 82, 83, 86 87, 88, 89, e assim por diante, inviabilizaram o plantio de cana-de-açúcar nessa área, quando as terras foram cedidas para o Incra, onde existem os assentamentos, com várias agrovilas; o adubo químico depositado nessa área não foi usado pela cana-de-açúcar, e permanece na terra, permitindo que o mandiocal do assentado (do Incra) Sr Francisco tenha tanto vigor; não é milagre; o  Sr Francisco não teria "conhecimento" nem recursos financeiros para investir na adubação da terra, na restauração dessas terras que vem sendo exploradas há mais de 100 anos.

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