domingo, 12 de janeiro de 2014
Educação ambiental.
Vendo-se essa várzea plana, coberta de grama verde e algarobas verdes, um rapaz cuidando de um cavalo gordo, não imagina que estamos (a fotografia) no semiárido, e que a cena é enganosa; as várzeas do agreste NE, que já foram as terras mais férteis do NE, são salinizadas com nitrato e cloreto de sódio; a grama verde é a "pirrichil", de praia (do mar) que espontaneamente nasce aqui; todo seu corpo - folhas, galhos flores, tem uma seiva absolutamente salgada, e somente alguns bovinos e porcos, da área, comem-na, e não é o caso do cavalo (equino); a algaroba, árvore leguminosa trazida dos desertos das Américas como forrageira, com suas vagens, atingiram o clímax no semiárido e não se reproduzem; suas folhas miúdas - 5x3mm são inacessíveis aos animais herbívoros. por causa da altura da árvore, e quando caem no chão, por caducidade, estão secas, desprovidas de água, com perda de outros elementos químicos, e AINDA, fica enterrada, fora do alcance da boca dos bichos; essas várzeas estão sempre úmidas por que o SAL atrai a umidade do AR; tudo nessa várzea é agressão ambiental: quando vem as chuvas, de água doce, a água que se choca com o terreno da várzea fica SALGADA, escorrendo para os riachos, rios, açudes, e a pouca água que se infiltra no chão cria água subterrânea salgada; só em se respirar (respiração aeróbica) nesse ambiente degradado tem-se mal estar; é obra da agropecuária paleolítica nordestina, com fogo.Um pandemônio ambiental - tempo 1.
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