Desde que o último açude da fazenda secou em novembro de 2.013, todos os dias, neste horário o gado vem, instintivamente, ao local em busca de água para beber; todos os anos é assim; dos 8 açudes da fazenda de 1.200 hectares, no agreste RN, este açude é o último a secar; cada um dos 8 açudes tem capacidade de armazenar (média) 200.000 m³ de água das chuvas, 1.600.000 m³ nos 8 açudes; a área de 1.200 hectares recebeu em 2.013 6.000.000 m³ de água das chuvas, mas nenhum desses 8 açudes recebeu mais que 20% da sua capacidade de armazenamento; digamos, 40.000m³; a evaporação de água no tempo que o açude permaneceu com água abril - novembro/13 é de 11 L/m/dia; esses dados são muito importantes quando, cientificamente, fica provado que a seca no semiárido nordestino não tem relação direta com a escassez de chuvas, mas por falta de tecnologia que capte e armazene essa água; se nessa fazenda de criação de gado fossem captado e armazenado, diretamente das nuvens de chuvas, no seu tempo (e com os pés no chão) 10% dos 6.000.000 m³ de água das chuvas, não haveria seca, não haveria morte. Ter ou não ter a seca é só uma questão de racionalidade nas formas de captação e armazenamento de água doce das chuvas, sem perda, sem contaminação, sem fuga, tal qual vem das nuvens, todos os anos, e em qualquer lugar do semiárido.
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