domingo, 4 de maio de 2014

Educação ambiental.

Estamos em um parque de vaquejada no agreste RN; o RN já teve o maior rebanho bovino do Brasil, entre os Século XVII e XVIII, chamada de  "a Era do couro", quando quase tudo na fazenda de criação de gado bovino era de couro, incluindo a roupa, o chapéu e o calçado; no RN existem várias localidades (e cidades) que receberam a denominação, e tiveram origem nas fazendas de criação de gado bovino: é o caso, por exemplo, de Currais Novos, Parelhas, Pau-dos- Ferros; no tempo do Brasil Holandês a Capitania do RN fornecia carne de Sol, carne seca para a população da cidade Mauricéa (Recife-PE) e para a tripulação da Companhia das Índias; Nesse tempo o semiárido NE era apenas a caatinga, com 250.000 km², que recebia  em média 500mm de chuvas por ano, onde nascia uma grande variedade de pastos (para alimentar o gado); o gado bebia água nas cacimbas escavadas na areia dos rios (no verão), mas na estação de 4 meses de chuvas tinha água armazenada nos tanques dos lajedos,  tinha os brejos de altitude com água o tempo todo; os rios temporários botavam 3 a 5 cheias por ano; quer dizer: água não era problema (mas, solução); soltava-se o gado nos grandes cercados, e apenas uma pequena parte ficava nos currais, as vacas em estado de lactação e um touro para "cobrir"  20 vacas (eita, que vida boa). Mas o clima do semiárido não "aguentava" tanta agressão, e os 250.000 km² de caatinga, semiárido natural por escassez de solo, já chega a 900.000 km²; a oferta de chuva foi reduzida de (média) 600mm (agreste e sertão) para média de 300mm/ano; aumentou drasticamente a evaporação de água; o pasto, antes abundante na caatinga, desapareceu; as fontes de água, os brejos de altitude secaram; os rios passam até 5 anos sem ter água corrente no seu leito; a água subterrânea ficou salgada (por falta de suprimento de água doce das chuvas); várzeas, antes férteis e úmidas, foram salinizadas com NaNO3 - nitrato de sódio.

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