quarta-feira, 25 de julho de 2012

Um comentário:

  1. O Nevoeiro denso e baixo destas fotos indica o grande volume de água que forma a nuvem, com peso maior do que 1kg por centímetro quadrado, capaz de produzir mais de 100L de água por m², o que no semiárido NE é EXCESSO; a grande problemática do excesso de chuvas é que 50% do sertão são e caatingas de terreno (subsolo) impermeabilizado, infiltrando-se, no máximo, 5% da água das chuvas precipitadas; numa chuva de 100mm seriam 5 litros/m², enquanto que 95L/m² criariam enxurradas devastadores, arrastando terra e matéria orgânica das caatingas e cerrados, para os rios, e assoreando os açudes, se não arrombar a parede; significa dizer que inverno normal no sertão nordestino é um desastre maior do que a escassez de chuvas no tempo de El Ñino; a impermeabilidade do terreno da caatinga é natural há milhões de anos, mas o Homem já tem, se quiser, tecnologia para criar solo de sedimentação, evitando a fuga do material, com: fazer, nas depressões, dobras da caatinga, paredes de barro forradas com lona plástica para barrar a enxurrada, no caso uma barragem com o sangradouro sobre a parede; o material, terra e massa orgânica, acumulado nesses barreiros vai criar, em curto prazo, um solo de sedimentação, várzea que acumula água das chuvas e pode assim gerar vida diversificada; Assim pode-se transformar terras áridas, secas, em áreas férteis; isto não é utopia; é ciência exata da natureza; Imaginem transformar 20% da caatinga, 50.000km² em área de cultivo de lavoura e ração do gado, o ano todo; A caatinga também pode ser empregada para se captar e se armazenar, em lona plástica (projeto defendido neste Blog) água doce das chuvas para fazer agricultura nas várzeas dos rios, e cerrados, que estão em nível mais baixo, permitindo o fluxo da água por gravidade; O Nordeste ainda tem jeito e pode dá certo; só depende de racionalidade no trato com os recursos naturais disponíveis.

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