quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Educação ambiental científica;

O fogo é um agente de destruição incompatível com a vida de tal forma que o fogo e a vida não podem ocupar o mesmo lugar ao mesmo tempo; o fogo na agricultura vem desde os homens das cavernas, justificado já que o homem de então precisava abrir os campos para sua lavoura, mas não dispunha de ferramentas; felizmente o Homem de então, poucos e dispersos, era mais coletor do que agricultor, de forma que seu fogo no campo não era tão agressivo, degradante; Os nossos selvícolas, homem da pedra lascada, não eram agricultores,principalmente na Amazônia, Centro-Oeste, Sul, Sudeste com tantos alimentos naturais - tubérculos, frutas, sementes; peixes, mel de abelhas, ovos; No NE: zona da mata, litoral, nordeste amazônico, enquanto que no sertão NE o índio cultivava sua limitada lavoura junto ás lagoas e rios temporários, como foi o caso do Janduís do RN, que inclusive construíram o primeiro sistema de irrigação (conhecido) do Brasil; 80% do território nordestino foram desmatado, com fogo, nos últimos 200 anos; Fogo e produção na agricultura têm efeitos inversos; quanto mais prática de fogo na agricultura mais agressão ao clima (em todos os aspectos, inclusive na redução da oferta de chuvas); o NE hoje produz menos de 30% da massa de alimentos que consome, tudo atribuído à seca, que é cultural, e não física; Com o atual nível de vegetação do NE, menos de 15% da vegetação nativa do Século XVI, não se deve arrancar uma só árvore; se é preciso abrir espaços para os campos de lavoura, ou pastagens, deve-se triturar toda massa orgânica arrancada, incorporando ao solo, no mesmo lugar, uma forma de retornar ao solo o que é do solo; Já dispomos de tecnologia para criar uma máquina para triturar as plantas, no campo,  com esta finalidade; mas a queimada da fotografia tem mais uma agravante: trata-se do leito seco do açude da localidade Bancos, em Santa Maria-RN, açude construído no rio Camaragibe, onde o capim, única ração natural do gado foi transformado em fumaça, fuligem e cinzas; ficou aqui menos de 1% da massa orgânica vegetal que foi queimada, e agora desprovida de valores alimentares, e os bichos não têm o que comerem; na mentalidade do agricultor local, esse capim, seco, deve ser queimado para que no inverno de 2.013 possa vigorar, brotar com toda força, já, que, segundo esse mesmo homem local, nas cinzas das queimadas tem os nutrientes necessários para  as plantas; mas não é só o homem rude que tem esta visão distorcida da vida; os agrônomos brasileiros recomendam a queima de madeira como forma de fertilizar a terra; Aliás, o currículo do agrônomo brasileiro é absolutamente ridículo no caso do semiárido NE; o  conhecimento do agrônomo e do homem do campo se confundem - totalmente confuso; é cego, guiando cegos; instituições como Emater, secretarias de agricultura, Pronaf, sindicatos dos trabalhadores rurais, associações agrícolas, estão PERDIDAS no NE, feito cegos em "tiroteio"; são apenas cabide de empregos; gerenciadores da indústria da seca cultural nordestina;

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