segunda-feira, 16 de dezembro de 2013
Educação ambiental;
Morte prematura dos cajueiros no sertão RN tem um "bode expiatório - a mosca branca; em outras postagens, neste Blog, vimos a morte dos cajueiros no agreste RN, também atribuída à mosca branca; outras plantas de valor econômico e social cultivadas no NE também tiveram fim trágico atribuído às pragas de insetos, como é o caso do algodão,o ouro branco, a maior fonte de renda e empregos na agricultura do RN foi inviabilizado por causa de um inseto besouro chamado de "bicudo"; temos recentemente acompanhado a morta da "palma forrageira" no semiárido que aparentemente tem como causa (visível) um inseto; nenhum desses animais são alienígenas, e todos são comuns no ambiente do semiárido, cada um tendo a mesma planta como fonte de alimentos; o grande problema é quanto o inseto está em desequilíbrio, e o DESEQUILÍBRIO é ambiental; todos os seres vivos são feitos de: energia luminosa e calorífica do Sol; atmosfera com água no estado gasoso (umidade do ar) e 4 dos 12 gases principais da atmosfera - hidrogênio, oxigênio, nitrogênio, e gás carbônico, que constituem 96% dos corpos vivos; solo orgânico mineral; e no caso da vida nas terras emersas, água doce no estado líquido; mesmo a flora e a fauna na água salgada dos Oceanos dependem da água doce das CHUVAS; Tudo no Planeta Terra se constitui de CICLOS - ciclo da Luz solar; ciclos dos gases da atmosfera, ciclo do Solo, ciclo da água; porém o ciclo mais frágil, afetado instantaneamente pelo desequilíbrio ambiental é O CICLO ALIMENTAR DA VIDA: todos os seres vivos da Terra são ALIMENTOS, e se alimentam de TODOS; o Reino vegetal, autótrofo, é o principal ELO do Ciclo Alimentar, por que converte energia luminosa e calorífica do Sol, gases da atmosfera, ÁGUA e nutrientes minerais do chão em MASSA orgânica, razão pela qual o Reino Vegetal é chamado de reino produtor de alimentos; na época das chuvas no semiárido nordestino são comuns pragas de insetos, comendo a lavoura do Homem, que não existem no verão, mesmo existindo as plantas da lavoura; borboletas, formigas, gafanhotos, estão sempre presentes na lavoura; sabe-se que com as chuvas a massa orgânica vegetal no semiárido se multiplica até 10 vezes, como é (era) o caso da caatinga do sertão que no verão tem 0,02m³ de massa vegetal por m², e pode chegar a 0,2m³ por m² se a oferta de chuvas for maior que 400mm/ano, com estação chuvosa (com solo úmido) de 120 dias; A fauna de um lugar é proporcional em porte, variedade, densidade demográfica à Flora; a flora é o ser vivo (reino vegetal) mais comprometido com o clima de um lugar, a ponto de ser considerado o 5º Elemento da Natureza; a cobertura vegetal tem tudo a ver até com a oferta de chuvas; no Brasil a massa vegetal é proporcional à oferta de chuvas, e consequentemente a disponibilidade de água doce; basta ver a Amazônia com oferta de chuvas de 2,5 a 4,5m por ano; a zona da mata NE com mais de 2m de chuvas por ano, o NE Amazônico, idem. No sertão do RN existe várias sub-regiões, ou áreas que tem massa vegetal bem diferentes, de acordo com a disponibilidade de água doce, mesmo que a chuva seja a mesma (mesmo índice); a caatinga é uma palavra INDÍGENA que significa clareira, que é semiárido natural há milhões de anos por que NÃO TEM solo de sedimentação; enquanto a massa vegetal da caatinga FOI de 0,2m³/m², nas várzeas dos rios temporários a massa vegetal ERA de 0,8m³/m², com árvores de grande porte, com formação densa; nos Cerrados do Sertão NE, como é o caso do município de Mossoró ainda se vê (na vegetação nativa) uma vegetação com árvores de porte médio e arbustos em tal densidade que há 2 elementos (árvore ou arbusto) de longa vida para cada área de 5m²; Os 4 elementos da Natureza são interdependentes e não há como se alterar um deles sem alterar-se as variáveis atmosféricas em médio prazo; é o que acontece com o desmatamento bestial, com fogo no NE; se a massa vegetal da Amazônia continuar sendo destruída pelos (maus) brasileiros, no mesmo ritmo de Hoje, em 200 anos tudo aquilo seca, morre, vira deserto; o sertão NE de 500.000 km² tem 250.000 km² de caatingas, semiárido NATURAL por escassez ou falta de solo; em nenhum semiárido da Terra chove mais que 500mm/ano; grande parte da Europa recebe menos de 600mm de chuvas por ano; o semiárido NE tem hoje mais de 900.000km², por que a eliminação de 85% da vegetação nativa (em 200 anos) eliminou o solo (morreu com a perda de nutrientes, matéria orgânica), e, por está NU, foi arrastado pela água corrente no tempo das chuvas para assorear os rios; a erosão não é o caso da morte do solo no município de Mossoró-RN; embora seja um terreno arenoso, é plano, mas com certeza o desmatamento bestial deixou o solo nu, favorecendo a lixiviação de nutrientes nesse terreno de grande espessura; favoreceu a evaporação de água do chão, que até a década de 70 (1.970+) era menor que 2L/m² ao dia, e hoje é de 3,5L/m² dia; com a redução na oferta de chuvas, fez-se a desgraça; há quem pense que o problema da seca no NE semiárido é cíclica; até o final do Século XVIII a oferta média de chuvas no sertão RN era de 600mm/ano, com um El ñino de 300mm de chuvas a cada 8 ou 5 anos, intercalado por uma La ñina de 1.200mm/ano, e outros anos com 500 a 800L/m²/ano. Se com o desmatamento para os campos de lavoura ou de pastagem do gado tivessem substituído por uma massa vegetal permanente, no caso a lavoura, ou pasto do gado, com massa vegetal superior a 60% da vegetação nativa, a mudança do clima não teria acontecido. USAR é diferente de utilizar; usar é gastar, consumir, destruir; somos, TODOS, agentes de transformação; UTILIZAR é tornar (ou manter) ÚTIL: nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.
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