Tempo 56; ter ou não ter lixo, ser ou não ser lixo; contando a história do lixo, e consequentemente a história da humanidade por intermédio do seu lixo; uma lona de plástico, branca, descartada no lixão; sobre ela brinquedos de plástico, pneu de borracha (petróleo ou seringueira), mangueiras de plásticos e luvas usadas em hospitais, calçados de couro e de plástico, vasilhas de vidros, a maioria são materiais inorgânicos, exceto o sapato que tem o couro trabalhado com ácidos corrosivos, graxas de polimento e de conservação; o vidro é terra, chão, e deve ser triturado para constituir pisos da casa, estradas asfaltadas, enchimento de aterros e alicerces; PORÉM é mais simples, econômico, racional transformar vidro em vidro, do que produzi-lo a partir da matéria prima básica que demanda muita energia na fabricação; todos os outros materiais são recicláveis nas indústrias de transformação, inclusive o pneu de borracha que pode ser triturado (exceto o arame de aço) para a construção de estradas asfaltadas. Racionalmente falando nenhuma dessas peças deveriam estar no lixão.
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