Para se ter uma ideia do quanto a agropecuária
praticada no Nordeste é destrutiva, irracional, neste Município (agrícola?) –
RN, 1.200 agricultores(?) prepararam 3.500 hectares de
terras para o plantio de milho e feijão em 2.006. O Município recebeu de
fevereiro a julho 36.000.000.000m³ de água doce das chuvas; a produção de feijão
(macassar) foi inferior a 100kg por hectare e a produção de milho foi menor do
que 7.000 kg .
Se o corte da terra (com os tratores da prefeitura) custou com o consumo de
óleo diesel, salário do tratorista e desgaste do equipamento 120 reais por
hectare; se o dia de serviço do agricultor(90 dias de serviço desde o preparo, plantação,
limpas, colocação de veneno, colheita) custar três reais, e mais a semente, o
custo total foi de 1.400.000 reais para 21.000 quilos de feijão e milho;o quilo
de feijão e o quilo de milho produzidos nos 3.500 hectares de
terras saiu por quase 70 reais.
Uma das causas da degradação que limita a produção de alimentos no semiárido,
é o salitre; nitrato de sódio, ou ácido nítrico+ sódio. O ácido nítrico NHO3
é formado na Atmosfera, o sódio é um dos nutrientes minerais dos vegetais e
animais; é um elemento químico, mineral abundante no solo, em toda superfície
da Terra. A Atmosfera se compõe de 12
gases, sendo que 6 deles são gases nobres que não participam de ligação de
valência, porque a última eletrosfera desses átomos está completa com elétrons;
os demais participam de ligação formando moléculas do mesmo elemento químico, a
exemplo do H2, O2, O3(ozônio). A água H2O
é formada por 2 elementos químicos da atmosfera (H e O), que é uma molécula
composta por 2 elementos químicos(átomos) diferentes. Qualquer outra molécula
composta formada na Atmosfera resulta de uma degradação ambiental criada na
litosfera pelas atividades vulcânicas ou pelo progresso (?) do Homem; é o caso
de todos os ácidos incluindo o ácido nítrico, molécula formada por 3 átomos (ou
elementos químicos) diferentes. Para se formar esses ácidos (inclusive a chuva
ácida) é necessário à existência de uma partícula sólida, chamada núcleo, que
atrai os gases, em ligação (elétrica) de valência, que não seria possível entre
os gases da atmosfera; o principal núcleo formador dos ácidos na atmosfera é a
partícula carbonizada – carvão, fuligem, resultante da queima de madeira (as
queimadas) nos campos de lavoura e pastagem, tão comuns no Nordeste, desde a
colonização. O salitre destruiu as melhores terras agrícolas do semiárido, que
são as várzeas dos rios temporários. Fora das várzeas não existe salitre; por quê?
As várzeas (e os rios) são as maiores e
mais extensas depressões do terreno, para onde a água corrente das chuvas
arrasta o material carbonizado nas partes altas do terreno; a concentração de
cinzas contribui para a formação de salitre; as várzeas são terras férteis, de solo
profundo, que não sofrem erosão e por isso guardam umidade no solo, mesmo
durante os primeiros meses de verão. Conseqüentemente a vegetação nativa das várzeas
dos rios temporários era (antes da devastação) densa, de grande porte, com
árvores, a exemplo da oiticica, com 20m de altura, 20m de copa, com até 1.000m³
de massa vegetal. A agricultura no Nordeste é feita predominantemente com a
queima da vegetação, inicialmente a vegetação primária e agora a secundária; conseqüentemente
o volume de cinzas das queimadas (e fumaça lançada na Atmosfera) é muito
grande. Se esse material carbonizado é responsável pela formação do ácido
nítrico na Atmosfera, é também um atrativo, no solo, no chão, para o ácido nítrico
criado na Atmosfera formar com o sódio abundante (do chão) o nitrato de sódio,
salitre. Neste Veredicto foi mostrado que alguns elementos químicos são classificados como ácidos e outros são
bases. As composições ácidos têm pH abaixo de 7 e as bases tem pH acima de 7, tudo
obediente ao número de elétrons na última eletrosfera do átomo; para se
eliminar a acidez das substâncias
empregas-se um álcali ou base. Na Natureza existem dezenas de bases que podem
ser empregadas para corrigir a acidez dos solos, inclusive para neutralizar o
salitre das várzeas dos rios temporários do semiárido nordestino.
.
Nenhum comentário:
Postar um comentário