Educação ambiental.

O Homem e o rio seco; o Sr Joca Medeiros reside na zona rural de São Paulo do Potengi-RN; sua propriedade é cortada ao meio pelo rio Potengi; com 54 anos de idade nasceu, cresceu, viveu, com os pais, das riquezas que o rio oferece; mesmo nos anos de pouca chuva, quando o rio não botava enchentes, no leito de areia do rio tinha muita água (cacimbas) para TUDO - "aguação" de lavoura, água para o abastecimento urbano, para o gado beber; no leito de areia do rio plantava-se no verão, feijão macassar, batata, quiabo, gergelim; o verão, sem chuvas, dura até 11 meses, tempo suficiente para dois plantios e colheitas; nas várzeas do rio se plantavam fruteiras - cajueiros, mangueiras, goiabeiras, coqueiros, aguando-se essas plantas carregando água em um galão com duas latas (de flandres)  de 20 litros, água tirada da cacimba rasa no leito do rio;nesta fotografia o Sr Joca está indo colher capim elefante para alimentar suas 30 reses (gado bovino); Em tempo! Para as propriedades que não tem terras junto ao rio, onde se planta  capim elefante irrigado, o gado está passando fome, já que o pasto que nasceu com as chuvas de 2.013 á secou, morreu; com os 300mm de chuvas de 2.013, nesta área, poucos agricultores conseguiram colher o milho e o feijão plantados, mas o Sr Joca plantou milho e feijão nas várzeas férteis do rio, entre as fruteiras, colhendo milho e feijão macassar suficientes para alimentar as aves - galinhas, perus, patos, e para o abastecimento da família, durante o ano; no momento não se planta no leito do rio, pois o lençol freático de água está baixando, chegando a 80cm de profundidade, onde as raízes do feijão e da batata doce não chegam; essa fuga da água do lençol tem vários elementos: 1) a última enchente do rio Potengi  foi em julho de 2.011;     2) a fuga natural de água, por gravidade, dentro da camada de areia do leito do rio da parte alta (as nascentes) para a foz; felizmente a declividade nesta parte do rio, para a fuga de água por gravidade, é de 1:1.000m; 3) o rio está sendo usado para a extração de areia para a construção civil, de tal modo que a evaporação, com a água dos poços escavados, é de 11 L/m²/dia, quando se sabe que a evaporação dentro da camada de areia do rio é ZERO.