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Educação, instrução, cultura. Fogueiras juninas, o fogo macabro. Fotos 5 e 6.
O
fogo é um agente de destruição incompatível com a vida, de tal forma que o fogo
e a vida não podem ocupar o mesmo lugar ao mesmo tempo; onde tem fogo não tem água,
não tem atmosfera, não tem vida, não tem Natureza.
A
relação do homem com o fogo, desde o homem das cavernas, é de temor, adoração,
divindade. O Homo Erectus usava o fogo para iluminar e aquecer o ambiente frio
de sua morada – a caverna; fora da caverna o fogo lhe parecia destruidor,
sobrenatural; esta foi a relação do homem com o fogo durante 6 milhões de anos;
há 10.000 anos atrás o homem incluiu a carne em sua dieta, mas como seu organismo
não pode digerir a carne crua, o fogo passou a ser usado também para assar ou cozer seu alimento. Há 3.000
anos o Homo Sapiens passou a usar o fogo, também, para trabalhar os metais
–bronze, chumbo, estanho, cobre, ferro, prata, ouro, transformando-os em peças
de utilidades ou ornamentais; Durante a vida terrena de Jesus Cristo, na
Palestina, oriente médio, a iluminação da casa era feita por lamparina (lampião)
que queimava gordura de animais, ou petróleo que aflorava naturalmente naquela
região. A Palestina é um deserto aonde o calor durante o dia chega a 50ºC, mas
à noite a temperatura pode baixar para zero grau centígrado, impossível de ser
suportado pelo homem, razão pela qual se criou o hábito de acender um fogo de
lenha para manter a casa aquecida; nos aglomerados urbanos, vilas, havia um
fogo em cada casa e, do lado de fora uma fogueira em torno da qual as pessoas
ficavam conversando, trocando idéias.
Na
parte fria da Europa, inclusive parte de Portugal, mantinha-se um fogo de lenha
aceso na lareira, mesmo durante o dia; nas terras selvagens das Américas e
África o índio usava o fogo inclusive para homenagear seus deuses totêmicos (a
idéia foi trazida para o Brasil nas seitas afro-brasileiras); Na América do
Norte os selvagens usavam o fogo, também, para se comunicar com sinais de
fumaça. O português medieval que colonizou o Brasil admirava o fogo já que a
tecnologia da época dependia essencialmente da ação destruidora do fogo.
Juntando-se a dependência do homem português com o fogo, mais a relação íntima,
espiritual do escravo africano com o fogo, somadas à devoção que o índio
brasileiro tem com o fogo, deu como resultado, as 3 fogueiras juninas do
Nordeste, que acontecem nas noites de 12/13, 23/24 e 28/29 de junho, todos os
anos.
O
povo português, na sua religiosidade ingênua medieval introduziu na literatura
brasileira, para justiçar a existência das fogueiras, a seguinte anedota:
Izabel e Zacarias, pais de João Batista, moravam em uma colina, enquanto Maria,
mãe de Jesus Cristo, prima de Izabel, morava no vale; Izabel daria à Luz a João
Batista, 5 meses antes do nascimento de Jesus Cristo; Izabel teria dito a Maria
que acenderia uma fogueira em sua casa, na colina, para avisar do nascimento de
João Batista; a primeira controvérsia dessa estória é que, segundo a Bíblia
Sagrada, Maria estava na casa de Izabel quando João Batista nasceu. Mesmo que
essa estória justificasse a fogueira de João Batista, na noite de 23/24 de
junho, mas o que dizer das fogueiras das noites de 12/13 e 28/29 de junho?
As
fogueiras juninas são um verdadeiro estupro à vida; é difícil de entender que
um ser racional possa acreditar que o fogo homenageia os santos de Deus (o
mesmo não se pode dizer dos santos das seitas que proliferam no Brasil).
As
fogueiras nordestinas queimam a cada ano
52.200.000m³ de madeira verde(viva), desmatamento de 2.610 hectares de matas.
Esse FOGO tira da madeira verde, 10.962.000m³ de água que é lançada na
atmosfera juntamente com 4.176.000.000kg de fumaça, poluição olfativa e visual,
obstrução do sistema de respiração e fotossíntese, obstrução dos poros da pele
dos animais, destruição da camada de ozônio, agravamento do efeito estufa,
responsável pelas chuvas ácidas. As fogueiras juninas são mesmo uma ideia
vazia, em termos espirituais.
Transcrito do Informativo O Veredicto, desta mesma Fonte.
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