quinta-feira, 21 de março de 2013
Educação ambiental.
O pé da algaroba; a planta estrangeira que não se adaptou totalmente ao semiárido NE, no ponto mais importante da plantas - as raízes. Como se ver na fotografia grande parte das raízes da árvore algaroba estão fora da terra, reduzindo sua estabilidade, sustentação. Uma das vantagens de ter raízes fora da terra, para alguns tipos de árvores do NE (não é o caso da algaroba, que é estrangeira), é ter acesso direto aos gases atmosféricos, água das chuvas, ventilação, luz solar; logicamente nem todas as raízes têm essas funções, que é o caso das raízes da algaroba; podemos acrescentar que as raízes da algaroba estão indevidamente fora da terra por uma agressão ambiental da agricultura paleolítica nordestina; a algaroba nasceu em um terreno de inclinação (menos de 5%) do cerrado, agreste RN, exatamente na área agricultável (roçado); a algaroba foi deixada em pé, pelo Homem, por 2 motivos: sombra, para se abrigar do Sol enquanto faz o lanche o bebe água da moringa; as vagens da algaroba são alimento para o gado; não planta (lavoura de milho e feijão) no chão, embaixo da sombra da copa da árvore, mas está sempre movimentando a terra na "limpa" do roçado, com enxada, ou arado da capinadeira; a cada ano de agricultura o solo (terreno inclinado) removido por essa agricultura perde 2 a 5 cm de espessura, areia levada pela erosão (da água das chuvas) para assorear os riachos, açudes, de modo que as raízes da algaroba vão aflorando com a perda de solo; nas área de várzeas, terreno ligeiramente plano, as raízes da algaroba não afloram, já que o terreno plano não sofre erosão, apesar da agricultura. Entretanto, as várzeas argilosa se transformam em geleia quando acontecem precipitações acima de 50mm em 24 horas, e assim o terreno plano da várzea escoa lentamente a água (para o rio, riacho), e as raízes da árvore algaroba não tem estabilidade para manter a planta de pé.
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