quarta-feira, 10 de abril de 2013
Educação ambiental.
Temos visto frequentemente imagens de animais mortos no semiárido NE tudo atribuído á baixa precipitação pluviométrica de 2.012 no semiárido, que representa hoje 2/3 do NE; a primeira impressão que fica, dessas fotografias, é que todo Nordeste é seco, ou que a escassez de chuvas no semiárido é normal; as fotografias que mostram o gado morto não mostram que aqueles animais viveram em momentos diferentes, com chuvas, e conseqüentemente com alimentos e água de beber; nesta fotografia vemos os jumentos vivos; enquanto um cata alguma coisa para comer na rua calçada da cidade, o outro estende o pescoço como se quisesse comer a câmara fotográfica, ou se soubesse que sua fotografia iria correr o mundo, dizendo: vejam, eu estou vivo, mas vejam em que situação o homem me colocou; O Brasil foi descoberto (invadido) e colonizado (explorado) há 512 anos; O Brasil nasceu e prosperou no NE por causa da riquezas em água doce na zona da mata NE, mas região NE é muito heterogenia podendo-se enumerar 8 sub-regiões físicas e ecologicamente, cada uma com diferentes formas de disponibilidade de água doce e de chuvas, relevo, solo, flora, fauna, intensidade de Luz solar, ventos, umidade do ar e do chão, e um semiárido de 250.000 km², caatingas, uma infinidades de clareiras (na vegetação) com 2 a 8 km², na área chamada sertão NE; Isto mostra que a forma de exploração do NE, ao longo de 300 (ou mais) anos) afetou deferentemente cada sub-região de acordo com os recursos naturais disponíveis, exclusivos; os ecossistemas mais frágeis foram mais afetados. o semiárido, a caatinga,é semiárido porque não tem solo de sedimentação para armazenar água das chuvas, e para o desenvolvimento de árvores (com raízes longas); o subsolo, parte externa do terreno da caatinga é rígido, coberto de pedras miúdas, cortantes, onde menos de 5% da água das chuvas ficam no solo, nos corpos de vegetais e nos corpos de animais; significa dizer que durante milhões de anos 95% da água das chuvas precipitadas na caatinga vão imediatamente para o mar (Oceano atlântico), e mesmo assim a caatinga teve sua modesta flora e modesta fauna; o Homem tentando armazenar mais água das chuvas no sertão, fechou os riachos com paredes de terra, açudes, dos quais fogem 80% da água armazenada: para o AR, pela evaporação, devido a alta intensidade de luz; pelo vento seco, com umidade muito baixa; pela terra seca em torno da represa do açude, já que o verão, sem chuvas é de até 11 meses (330 dias) contínuos; Com a infinidade de açudes construídos no sertão o homem conseguiu aumentar, no máximo, para 6% a água das chuvas que ficam; a oferta de chuvas, média, no sertão (e caatinga) era de 500L/m², ou 500mm ao ano, com estação chuvosa de (média) de 4 meses; 6% de 500mm são 30mm ou 30 L/m², insignificante quando hoje a evaporação de água dos açudes chega a 11 litros por m² ao dia enquanto a evaporação de água do solo chega a 3,5L/m²/dia; Como se pode facilmente deduzir, não existia seca na caatinga do NE para a fauna e para a flora que escolheram esse lugar para nascer e viver de acordo com os 4 elementos da Natureza e suas variáveis atmosféricas; para que o homem pudesse se estabelecer e viver no sertão NE seria necessário observar a diferença de vida que existia entre a caatinga e o cerrado do sertão, com o mesmo índice de chuvas; enquanto a infiltração de água das chuvas nas várzeas do sertão (e na areia do rio) é maior que 10% da chuva precipitada (devido a facilidade de drenagem), na caatinga é 3%; enquanto a massa vegetal no cerrado do Sertão NE chega a 0,3m³/m², na caatinga é 0,03m³/m²; enquanto no cerrado do sertão a fauna exibia onças, pacas, veados, antas, na caatinga só pequenos roedores, lagartos; o que o sertanejo deveria ter feito para transformar a caatinga em terra úmida e fértil 1) constituir uma cobertura vegetal em torno do represamento da água, de preferência fruteiras (alimentos), e para isto 2) cavar as covas da plantação no subsolo injetando solo rico das várzeas dos riachos, 3)plantando e mantendo as árvores frutíferas ou de extrativos com a água do açude; 4) plantar capim, alimento do gado em torno da represa do açude para evitar a erosão, o assoreamento, já que a caatinga é ondulada; Hoje o semiárido tem 890.000 km², quando o semiárido natural, a caatinga, tem 250.000 km²; a conclusão a seca nordestina é cultural; o homem é que faz a seca, inclusive com dinheiro publico que vem de Brasília-DF, onde 1/3 dos recursos vai para as contas correntes bancárias dos órgãos de 3 governos - federal, estadual, municipal envolvidos com o esquema da seca.
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