Um entre os milhares de pequenos açudes construídos nos lotes dos assentados do INCRA no semiárido nordestino, vendo-se aqui (na fotografia) em 21-04-2.013 o buraco no chão no assentamento Lagoa Nova- Riachuelo- RN, que representa outros 200 buracos destes, nessse assentamento em 2.013, ao custo de 3 a 5 mil reais cada, sob auspícios do INCRA, EMATER, Governo RN, Governo municipal local, PRONAF, SINTRAF, sindicatos dos trabalhadores rurais, Etc, Etc; na parede de areia se vê claramente a mancha deixada pela água que já sumiu de 17 para 21 de abril, 4 dias; se vê também a erosão causada na parede de areia, mas também na represa devido a água que escorreu para o porão, ponto mais baixo do açude; considerando o grau de evaporação de água no novo clima do semiárido, ou seja, 11 litros por m² ao dia, toda essa lama desaparecerá se nos próximos 10 dias não chover nesta área. As agressões reveladas com essa ideia de jericos são várias: 1) o desmatamento com lâmina de trator em uma área 20 vezes maior o que a área que seria ocupada pela represa do açude; 2) o terreno tem um declive de 15% e é arenoso, facilitando a erosão pela água das chuvas, mas também pelo vento; 4) com uma chuva de 50mm em 24 horas todo esse buraco será soterrado pela erosão; 5) a lâmina do trator arranca as plantas pelas raízes, mas assim também arranca todo solo, deixando o terreno no subsolo pedregoso, rígido, ou em lajedos, situação reforçada pela erosão; assim não nascem plantas, não gera vida, inutilizando-se uma área significativa nos lotes de terras de 15 hectares, de cada assentado. É de fato um desastre ambiental, mas não traz qualquer benefício, a não ser para os funcionários e dirigentes dos órgãos citados, que, com raríssimas exeções recebem propinas da empresa proprietárias das máquinas - tratores, retroescavadeiras empregadas na obra.
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