2) Problemas e
soluções ambientais.
El Nino – o Menino.(complemento)
É um fenômeno climático natural ainda desconhecido
cientificamente, mas sua atuação, periódica, interfere no clima de metade do
Planeta Terra; El Nino é o apelido que os povos de língua espanhola, da América
do Sul, lhe outorgaram em conseqüência da sua atuação próxima ao Natal, se
referindo ao nascimento do Menino Jesus Cristo. O fenômeno já vem sendo
observado há milhares de anos pelos índios que habitavam a costa da América do
Sul banhada pelo Oceano Pacífico, onde hoje estão Peru e Chile. O fenômeno
resulta do aquecimento da água do Oceano Pacífico, na América do Sul. A água
dos oceanos tem tudo a ver com o clima da Terra, particularmente pelo elemento
“temperatura”. O fenômeno era levado em consideração pelos índios tendo em
vista que o aumento da temperatura da água altera o comportamento dos peixes e
crustáceos da área, fonte de alimentos dos índios daquela região. Mas o
comportamento do El Nino vem mudando, tanto em intensidade, como em
periodicidade, por causa da degradação ambiental em toda Terra ; a maioria
dos estudiosos do El Nino dizem que a água do
Informativo
O Veredicto, Ano 01, número 03, RNNEBR, 31/05/2.005.
Oceano
pacífico fica mais quente devido à presença de ventos oriundos de outro
Continente, trazido para a América do Sul por correntes de Ar. Sem discordar ou
endossar esta versão queremos abordar o assunto com o valor científico que o
fenômeno
merece,
estudando primeiramente o vento – Ar Atmosférico em movimento horizontal (que
acompanha o relevo da Terra), criado pela diferença de temperatura entre duas
áreas adjacentes, da área fria para a área quente. A circulação do vento é
natural; temporal, ocasional, local:
a) Dos Pólos N/S para os trópicos capricórnio/câncer;
b) Dos trópicos para a linha do Equador; a circulação do
vento natural tem sempre o mesmo sentido de direção, mas a intensidade é
variável; o vento temporal, ocasional ou local é restrito a pequenas áreas (relativamente),
criado pela diferença de temperatura em corpos absorvedores ou refletores da
Luz Solar. Exemplo: no sertão nordestino são freqüentes os redemoinhos criados
pela diferença de temperaturas entre três ou mais áreas contíguas, com
deferentes graus de absorção e reflexão da luz – um bosque, um lajedo, um lugar
sem vegetação, a lâmina de água de um açude, diferentes temperaturas, embora a
luz do sol incidente seja a mesma nas 4 superfícies ou corpos. Com base nesse
pequeno estudo do vento concluímos que a mudança de temperatura na água do
Oceano Pacífico não é causada pelo vento – ao contrário – o vento é criado pela
diferença de temperatura entre os Oceanos e os Continentes (terras emersas).
Exemplo: durante o dia, no Brasil tropical, o vento sai do Mar para o
Continente, porque a temperatura das terras emersas é maior do que na água. A
partir de zero hora o vento inverte o sentido de circulação e muda de
intensidade – do Continente para o Mar. Isto acontece porque a água do mar leva
mais tempo para esfriar, mesmo à noite. Se a temperatura da água e das terras
emersas são iguais, não há vento.A água do Oceano Atlântico no Brasil é mais
quente no Nordeste do que no Sudeste, no mesmo instante, dia e noite, por causa
da alta intensidade de luz Solar no Nordeste. Quanto maior a diferença de
temperatura entre a água dos Oceanos e os Continentes maior será a intensidade
de circulação do vento.
A melhor versão para a existência do El Nino, é: O
Continente América do Sul tem a maior atividade vulcânica da Terra; é o chamado
“cinturão de fogo”; no leito do O. Pacífico, na costa da América do Sul, há uma
atividade vulcânica maior do que no Continente; a atividade é permanente, mas
existem vulcões contínuos, periódicos e ocasionais. Na América do Sul o O.
Pacífico está espremido entre a Antártica, Pólo Sul com grande massa de gelo
eterno, e o Continente; o gelo da Antártica seria suficiente para congelar a
água dessa parte do Oceano, se em contrapartida não houvesse as atividades
vulcânicas no leito do Oceano. A temperatura da água varia entre 16°C e 22°C ; que significa atividade
vulcânica baixa, média e alta, mudando intensamente o clima de metade da Terra;
mas a ação do El Nino também depende das atividades vulcânicas no Continente,
responsáveis pela mudança de temperatura na atmosfera aonde o efeito da
temperatura da água do Mar não chega. Sabe-se que o aumento da temperatura
aumenta a evaporação da água, para a formação de nuvens, mas a densidade das
nuvens formadas, ou seja, volume de água depende da temperatura de condensação
no espaço atmosférico. El Nino cria ventos quentes ou frios (com relação à
Informativo
O Veredicto, Ano 01, número 03, RNNEBR, 31/05/2.005.
temperatura
da água do Mar), que podem ser ventos secos ou úmidos, dependendo do ambiente
de circulação do vento. El Nino reduz as chuvas em parte do Nordeste, Norte e
Sul do Brasil e também na Austrália, partes dos EEUU e da África; traz muita
chuva para a região Sudeste (como nos anos 2.002 e 2.005) e Centro-oeste. No
Nordeste El Nino é simbolizado por uma frente de ar quente estacionada na
divisa das regiões Sudeste/Nordeste, livrando parte da Bahia. Hoje, no
semi-árido só há inverno normal quando há vestígio de frentes frias, vindas da
Argentina. El Nino barra as frentes frias vindas do Pólo Sul e absorve a
umidade vinda da Amazônia, dificultando a formação de nuvens ou, formando
nuvens de baixa intensidade. Há 50 anos atrás El Nino atuava de
dezembro
a março do ano seguinte.
Ao
discorrer sobre elementos físicos atmosféricos que criam El Nino, estamos
certos de ter desvendado um mistério que a comunidade científica vinha tentando
há 200 anos. El Nino é um fenômeno climático natural, Ciência Exata da Natureza.
Por mais que discorremos sobre o fenômeno climático El Ñino" neste Trabalho de Educação Ambiental Cientifica, ainda falta muito para se ter uma informação completa, principalmente por que nos últimos 20 anos o fenômeno vem mudando de comportamento numa velocidade que a parte ciente e consciente da Humanidade não consegue acompanhar.
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