terça-feira, 15 de abril de 2014

Educação ambiental

Várzea do rio Potengi, na localidade  Ingá, divisa dos municípios de São Tomé e Cerro Corá-RN, um terreno absolutamente plano, que durante milhões de anos foi criado com sedimentos arrastados das serras pela força da água corrente das chuvas, um solo que pode chegar a 40m de espessura, assentado na rocha matriz, e portanto não tem o subsolo; durante os primeiros 100 anos da ocupação, pelo Homem civilizado (lembrando que era terra dos índios) essas várzeas férteis, úmidas forneciam tudo o que o Homem precisava para se manter - rio com água doce corrente, pelo menos durante 9 meses do ano; madeira de primeira qualidade para  TUDO - telhado da casa, portas, janelas, cochos, gamelas, cama, mesa, cadeira, armários, e até para o caixão fúnebre; barro, argila de primeira qualidade para a construção de jarras, potes, pratos, bacias, telhas, tijolos; nas várzeas, junto da casa,  se cavaca cacimbões com água doce, limpa, para o abastecimento da casa, e no leito do rio se cavaca cacimbas para o gado beber, para dar banho nos cavalos; nas várzeas se plantavam de tudo - milho, feijão, fava, batata doce, mandioca, algodão, cana-de-açúcar, dezenas de espécies de arvores frutíferas; capins para alimentar o gado no verão; ainda hoje  seria o Paraíso, se o Homem invasor, na sua ignorância, e extravagância, não tivesse agredido tão intensamente a vida e o ambiente, particularmente com o desmatamento, incondicional, com fogo, de todo terreno das várzeas, como nas partes altas, nos pés das serras, secando as fontes de água, provocando o assoreamento do leito do rio.

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