sábado, 2 de março de 2013

Educação ambiental.

No leito de um açude seco o fazendeiro tenta cavar um buraco a procura de água; a lama grossa, fedorenta, com muita matéria orgânica decomposta e microrganismos, é a única opção para o gado beber (e morrer); para a mentalidade do pecuarista do semiárido NE o gado que sobrar (se sobrar) é lucro; o comer do gado é subsidiado pelo governo federal, mas a água o governo não sabe fazer chuva, e as chuvas que Deus mandou de janeiro a fevereiro de 2.013 o  homem não soube pegar e guardar; se chover em 2.013 para juntar água nos açudes, probabilidade bastante remota, e der para criar pasto para o gado comer, o fazendeiro começa tudo novamente - compra algumas cabeças de gado e coloca-as no cercado da fazenda para morrerem de fome e de sede depois; normalmente, por influência política, sua  renda vem dos cofres públicos, um cargo, um emprego  numa repartição pública à qual nunca comparece para trabalhar; Mas o fato do fazendeiro ter instintivamente cavado um buraco no leito seco do açude em busca de água lembra-nos uma reportagem feita com um grupo de cientistas que faziam pesquisa em áreas secas da África, e perderam a fonte de água que transportavam;  fizeram contatos com um grupo de macacos da área, oferecendo-lhes doces, guloseimas doces, de modo que esses primatas iriam ter sede; de fato os animais se dirigiram para um oásis que estava a menos de 1 km (que os cientistas não sabiam), onde os primatas, Homens e macacos, se fartaram de água; A iniciativa do fazendeiro em questão é própria do instinto dos primatas; enquanto isto suas vacas (bovinos) não tem instinto para saber que morrerão a curto prazo ao beberem a lama do buraco.

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