Várzea de rio no meio da caatinga do sertão RN; por conta das caatingas onduladas, desprovidas de vegetação (clareiras), 20% das terras dos 500.000 km² do sertão NE, em 8 Estados, são ocupados pelos rios e suas várzeas; essas várzeas férteis tinham a maior massa vegetal do sertão, igual ao volume de massa vegetal da zona da mata NE, mata atlântica, em torno de 0,8 a 1m³ massa vegetal por m²; são árvores com mais de 20 metros de altura, uma vegetação densa composta por árvores, arbustos, cipós; Considerado-se que nos 250.000 km² de caatinga (50% do sertão) o volume de massa vegetal é de 0,05m³/m²; considerando que a cobertura vegetal é o 5º Elemento da Natureza, a massa vegetal das várzeas dos rios determinava as condições climáticas do sertão, inclusive a oferta média de chuvas de 500mm/ano; por terras férteis e úmidas, as várzeas foram totalmente desmatadas para a agricultura, normalmente milho, feijão, batata doce, mandioca e algodão, plantas de pequeno ciclo, e com um volume de massa vegetal menor ou igual à massa vegetal da caatinga; para Mãe Natureza, o desmatamento incondicional nas várzeas significa criar uma caatinga artificial, ou seja, a caatinga passou a ter 350.000 km²; Mas o que deveria ter sido feito, pelo Homem, para que a massa vegetal das várzeas permanecesse no mesmo nível da vegetação nativa? Nesta fotografia se ver grandes árvores frutíferas na várzea; é um caso raríssimo, mas é o correto; para cada área de um hectare plantar-se 50 árvores de longa vida, e no meio delas plantar-se a lavoura de subsistência, algodão, cana-de-açúcar, capim elefante; esse é o caminho para se restaurar a cobertura vegetal nas várzeas, recuperando-se os elementos climáticos no sertão.
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