3)O homem da terra. Agricultor local.Fotos 1 e 2.
A
agricultura e o agricultor são os principais assuntos a serem focalizados em um
Trabalho de ciência ambiental. Agricultura é cultura agrícola, marco do início
da civilização há 7.519 anos(em 2.006), quando o Homo Erectus, nômade
instintivo, irracional, atingiu a condição
de Homo Sapiens(sabe que), se fixando na terra para produzir seu alimento –
carne, leite, mel, ovo, legumes, cereais, hortaliças, frutas e sementes.
Mostrar a agricultura e o agricultor locais é o
principal objetivo didático científico de o Veredicto, já que a agricultura
praticada no Nordeste é uma anomalia cultural, resultando em um desastre
ambiental observada nesta Região por qualquer pessoa com o mínimo de
inteligência.
Dos 16 Veredictos publicados até 2.006, cinco deles abordaram esse tema, registrando
as agressões e apontando a forma correta
de se produzir alimentos sem destruir o ambiente; nesta cidade/município do RN,
distribuímos mensalmente 8 exemplares de o Veredicto com pessoas – políticos,
professores, donas de casas, comerciantes, agricultores, pecuaristas que gozam
do mais alto conceito conosco, solicitando, a todos, que essa informação
verdade seja divulgada com o maior número de pessoas, única forma de mudar o
quadro fatídico e degradante levado a efeito por esse estúpido comportamento do
Homem local com os recursos naturais.
Exemplo: este Município
nasceu (em 1.963) e viveu até 1.990 (27 anos) em função da agropecuária, tempo
em que o clima ainda permitia, suportava a paleolítica agropecuária praticada
desde a colonização (1.820).
Hoje, este Município, a exemplo de outros 1.000
municípios do semiárido sobrevive com os recursos que vem de Brasília-DF, todo
mês, sem qualquer esforço da parte administrativa municipal.
A agricultura praticada hoje no semiárido é
incompatível com as atuais condições climáticas; as técnicas agrícolas
ensinadas nas escolas específicas são mais nocivas ao ambiente do que a
IGNORÂNCIA do homem rude do campo; o (a)s prefeito(a)s do semiárido não querem
nem ouvir falar em mudar essa situação; com ordenado de 15 a 30 salários
mínimos por mês, só para distribuir o dinheiro que vem de Brasília; para se ter
uma idéia desse comportamento destrutivo nesses municípios, a maioria dos
secretários não tem qualquer vínculo com a função que ocupam: secretários de
agricultura que nunca pegaram no cabo de enxada, inclusive onde não há agricultura;
secretários de saúde que não sabem aplicar uma injeção; secretário de educação
semi-alfabetizado, e outras anomalias.
Imaginamos que isto é comum em todo o Brasil onde se
escolhe sociólogos e médicos para ministro da economia; a sociologia é subjetiva,
e os remédios alopáticos têm efeitos colaterais; assim não tem jeito.
Nos Veredictos do ano 2.005 mostramos, por exemplo, o
agricultor local plantando em meados de
maio, com a primeira chuva do ano, e já projetamos, na oportunidade, o
resultado daquela agricultura, tendo em vista que a estação chuvosa nesta área,
agora, não chega ao mês de julho, tempo insuficiente para que a lavoura se
desenvolva e produza;
De fato aconteceu: houve uma pequena produção de
feijão, todavia o agricultor e sua família tem outras necessidades alimentsres
que o roçado não produziu – carne, milho, açúcar, arroz, farinha, café, sabão,
fósforo... roupa, remédio, calçado.
Estamos no mês de julho de 2.006; vejamos a oferta de
chuvas: Fevereiro/dia/mm – 22...23mm; 25...50mm; 29...15mm; Março – 02...4mm;
13...6mm; 19 a 23...38mm; 25...29mm; 26 a 27...18mm. Abril – 9 e 10...14mm;
15...30mm; 17...15mm; 21...5mm; 22...17mm; 24...,3mm; 28...6mm; 31...20mm.Maio
– 02...4mm; 05...24mm; 06...5mm; 17....6mm.Junho dia 11, 6mm;
Em um período
de 88 dias choveu 378mm. A produção de feijão foi pouca e quase não houve
milho. Conclusão: o índice pluviométrico normal desta área é de 600mm a 1.000mm
ao ano em estação de 4 a 5 meses; os 88 dias de estação chuvosa de 2.006; os 378mm
de chuvas seriam suficientes para se
produzir agropecuária, se fossem 10 a 15 chuvas de 10mm a 20mm precipitadas com
intervalos de 5 a 8 dias, com o solo permanecendo úmido, sem encharcar. Significa dizer que o volume de água
precipitada, das chuvas, nessa área, corresponde a 378 litros de água por metro
quadrado deste município, um verdadeiro dilúvio que a estúpida tecnologia
brasileira não sabe aproveitar;
80% dessa água doce, pura, foram para o Mar;
Os 20% restantes de água que ficaram nos açudes e nos
corpos de vegetais vão evaporar ou ficarão salgados nos 8 meses de verão de Sol
intenso; O pasto natural (do gado) que criou e se desenvolveu durante os 88 dias
de estação chuvosa morreu, secou, até
meados de julho;
Durante a atividade agrícola o arado do trator
elimina, todo ano, de 2% a 15% do solo agrícola, dependendo do tipo de solo,
argiloso ou arenoso, e da inclinação do terreno;
As queimadas, coivaras praticadas todos os anos(com o
que resta da vegetação) impermeabilizou o solo argiloso impedindo a infiltração
de água das chuvas para suprir ou formar os lençóis subterrâneos. Existe uma
forma racional, inteligente para se contornar todos esses problemas,
maciçamente divulgada nos Veredictos, mas por se tratar de informações
científicas verdadeiras, choca-se frontalmente com a tecnologia do agrônomo, do
técnico agrícola portadores de um canudo de papel que lhe dá a nociva fé de ofício.
Quer dizer: a estúpida agropecuária praticada no
Nordeste é tecnologia oficial.
Acabamos de
equacionar, em poucas palavras, a causa da seca e da fome no Nordeste, fruto do
analfabetismo brasileiro.
A assimilação, ou não, por parte dos leitores de O
Veredicto é uma questão de vida ou morte para o Brasil; se com os 125
Veredictos distribuídos neste Município ao longo de 16 meses não conseguimos
despertar a consciência de pessoas que gozam do nosso apreço, o que se pode esperar
dos Veredictos enviados, todo mês, pelo endereço postal e pela Internet para
autoridades egoístas, irresponsáveis, corruptas e depravadas? Vai pra cesta de
lixo.
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