segunda-feira, 21 de abril de 2014

Educação ambiental.


3)O homem da terra. Agricultor local.Fotos 1 e 2.
    A agricultura e o agricultor são os principais assuntos a serem focalizados em um Trabalho de ciência ambiental. Agricultura é cultura agrícola, marco do início da civilização há 7.519 anos(em 2.006), quando o Homo Erectus, nômade instintivo, irracional,  atingiu a condição de Homo Sapiens(sabe que), se fixando na terra para produzir seu alimento – carne, leite, mel, ovo, legumes, cereais, hortaliças, frutas e sementes.
Mostrar a agricultura e o agricultor locais é o principal objetivo didático científico de o Veredicto, já que a agricultura praticada no Nordeste é uma anomalia cultural, resultando em um desastre ambiental observada nesta Região por qualquer pessoa com o mínimo de inteligência.
Dos 16 Veredictos publicados até 2.006,  cinco deles abordaram esse tema, registrando as agressões e apontando a  forma correta de se produzir alimentos sem destruir o ambiente; nesta cidade/município do RN, distribuímos mensalmente 8 exemplares de o Veredicto com pessoas – políticos, professores, donas de casas, comerciantes, agricultores, pecuaristas que gozam do mais alto conceito conosco, solicitando, a todos, que essa informação verdade seja divulgada com o maior número de pessoas, única forma de mudar o quadro fatídico e degradante levado a efeito por esse estúpido comportamento do Homem local com os recursos naturais.
 Exemplo: este Município nasceu (em 1.963) e viveu até 1.990 (27 anos) em função da agropecuária, tempo em que o clima ainda permitia, suportava a paleolítica agropecuária praticada desde a colonização (1.820).
Hoje, este Município, a exemplo de outros 1.000 municípios do semiárido sobrevive com os recursos que vem de Brasília-DF, todo mês, sem qualquer esforço da parte administrativa municipal.
A agricultura praticada hoje no semiárido é incompatível com as atuais condições climáticas; as técnicas agrícolas ensinadas nas escolas específicas são mais nocivas ao ambiente do que a IGNORÂNCIA do homem rude do campo; o (a)s prefeito(a)s do semiárido não querem nem ouvir falar em mudar essa situação; com ordenado de 15 a 30 salários mínimos por mês, só para distribuir o dinheiro que vem de Brasília; para se ter uma idéia desse comportamento destrutivo nesses municípios, a maioria dos secretários não tem qualquer vínculo com a função que ocupam: secretários de agricultura que nunca pegaram no cabo de enxada, inclusive onde não há agricultura; secretários de saúde que não sabem aplicar uma injeção; secretário de educação semi-alfabetizado, e outras anomalias.
Imaginamos que isto é comum em todo o Brasil onde se escolhe sociólogos e médicos para ministro da economia; a sociologia é subjetiva, e os remédios alopáticos têm efeitos colaterais; assim não tem jeito.
Nos Veredictos do ano 2.005 mostramos, por exemplo, o agricultor local  plantando em meados de maio, com a primeira chuva do ano, e já projetamos, na oportunidade, o resultado daquela agricultura, tendo em vista que a estação chuvosa nesta área, agora, não chega ao mês de julho, tempo insuficiente para que a lavoura se desenvolva e produza;
De fato aconteceu: houve uma pequena produção de feijão, todavia o agricultor e sua família tem outras necessidades alimentsres que o roçado não produziu – carne, milho, açúcar, arroz, farinha, café, sabão, fósforo... roupa, remédio, calçado.
Estamos no mês de julho de 2.006; vejamos a oferta de chuvas: Fevereiro/dia/mm – 22...23mm; 25...50mm; 29...15mm; Março – 02...4mm; 13...6mm; 19 a 23...38mm; 25...29mm; 26 a 27...18mm. Abril – 9 e 10...14mm; 15...30mm; 17...15mm; 21...5mm; 22...17mm; 24...,3mm; 28...6mm; 31...20mm.Maio – 02...4mm; 05...24mm; 06...5mm; 17....6mm.Junho dia 11, 6mm;
 Em um período de 88 dias choveu 378mm. A produção de feijão foi pouca e quase não houve milho. Conclusão: o índice pluviométrico normal desta área é de 600mm a 1.000mm ao ano em estação de 4 a 5 meses; os 88 dias de estação chuvosa de 2.006;   os   378mm de chuvas  seriam suficientes para se produzir agropecuária, se fossem 10 a 15 chuvas de 10mm a 20mm precipitadas com intervalos de 5 a 8 dias, com o solo permanecendo úmido, sem encharcar.  Significa dizer que o volume de água precipitada, das chuvas, nessa área, corresponde a 378 litros de água por metro quadrado deste município, um verdadeiro dilúvio que a estúpida tecnologia brasileira não sabe aproveitar;
80% dessa água doce, pura, foram para o Mar;
Os 20% restantes de água que ficaram nos açudes e nos corpos de vegetais vão evaporar ou ficarão salgados nos 8 meses de verão de Sol intenso; O pasto natural (do gado) que criou e se desenvolveu durante os 88 dias de estação chuvosa  morreu, secou, até meados de julho;
Durante a atividade agrícola o arado do trator elimina, todo ano, de 2% a 15% do solo agrícola, dependendo do tipo de solo, argiloso ou arenoso, e da inclinação do terreno;
As queimadas, coivaras praticadas todos os anos(com o que resta da vegetação) impermeabilizou o solo argiloso impedindo a infiltração de água das chuvas para suprir ou formar os lençóis subterrâneos. Existe uma forma racional, inteligente para se contornar todos esses problemas, maciçamente divulgada nos Veredictos, mas por se tratar de informações científicas verdadeiras, choca-se frontalmente com a tecnologia do agrônomo, do técnico agrícola portadores de um canudo de papel que lhe dá  a nociva fé de ofício.
Quer dizer: a estúpida agropecuária praticada no Nordeste é tecnologia oficial.
 Acabamos de equacionar, em poucas palavras, a causa da seca e da fome no Nordeste, fruto do analfabetismo brasileiro.
A assimilação, ou não, por parte dos leitores de O Veredicto é uma questão de vida ou morte para o Brasil; se com os 125 Veredictos distribuídos neste Município ao longo de 16 meses não conseguimos despertar a consciência de pessoas que gozam do nosso apreço, o que se pode esperar dos Veredictos enviados, todo mês, pelo endereço postal e pela Internet para autoridades egoístas, irresponsáveis, corruptas e depravadas? Vai pra cesta de lixo.




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