6)Administração
e políticas públicas inválidas.O calçamento da rua.
As fotografias 5 e 6 mostram uma rua desta
Cidade, que, recentemente foi calçada com pedras – paralelepípedos e (massa) de
cimento.
Numa
visão INSTINTIVA o calçamento das ruas, nas cidades, representa
desenvolvimento, progresso, e como tal, teria, em O Veredicto, um destaque
elogioso; mas vejamos INTUITIVAMENTE o que representa o calçamento de uma rua
em termos de agressões ambientais. Esta rua(da foto) tem cerca de 20.000m² de
calçamento de pedras e cimento. Para instalar esse calçamento foram destruídas
de 100.000 a 200.000 elementos do Reino Vegetal – árvores, arbustos e gramíneas,
massa vegetal verde, viva de mais ou menos 60.000m³, que produzia 5.000m³ de
oxigênio, por dia, para a respiração (ar puro) aeróbica dos animais, incluindo
o homem;
Cada
árvore e arbusto que viveram nesta área abrigava e alimentava, em média, 5.000
vidas do reino animal, incluindo insetos e animais maiores; a produção de
oxigênio fornecido por essa massa vegetal viva, inibia o desenvolvimento de
microorganismos, mantendo o equilíbrio ambiental; a massa vegetal viva
contribuía com a pureza do Ar, com a umidade do ar e do chão, com a direção e
intensidade dos ventos, com a formação e manutenção do solo,com a incidência e
reflexão da Luz Solar e, conseqüentemente:equilibrar a temperatura, pressão
atmosférica;
O
solo que gerava vida neste ambiente, construído a milhões de anos por
Mãe-natureza foi arrancado pelo trator para receber as pedras do calçamento; a Substituição
da vegetação e do solo nativos por uma superfície de pedras (calçamento) trouxe
uma mudança ambiental drástica na reflexão e absorção da luz solar, na direção
e intensidade dos ventos, na umidade do ar e do chão, na pressão atmosférica.
Os
vegetais que existiam nesta área absorviam 30% da água das chuvas precipitadas;
parte dessa água vinha para os corpos dos vegetais e outra parte se infiltrava
no chão para alimentar os lençóis de água subterrânea.
Com
o calçamento de pedras impermeáveis à água das chuvas vão surgir muitos
transtornos: a água vai correr por gravidade natural do terreno acumulando-se
em um ponto, onde o excesso de água significa enchentes, alagamentos.
O
calçamento da rua custou cerca de 15 mil reais para a obra, 5.000 reais da
propaganda do governo com relação à obra, e mais os desvios de recursos em nome
da obra, recursos suficientes para se criar 20 empregos diretos, permanentes
neste município miserável, inválido, carente.
O calçamento que só trouxe danos ambientais
para a flora e para a fauna foi construído para beneficiar(?) um só animal – o
homem que não quer colocar seus pés ou
os pneus do seu automóvel no barro, na terra, no solo, no chão do qual todos
nós, seres vivos, somos feitos.
As
enchentes que acontecem periodicamente nas cidades da Região Sudeste são
enchentes culturais, enchentes de lixo: impermeabilizam-se as ruas com pedras e
asfalto; ocupa-se, com prédios, as áreas das águas; entope-se, com lixo, os
rios e córregos...
O homem é realmente um ser nocivo na Terra;
tudo o que o homem chama de desenvolvimento sustentável é fator de
desintegração da vida; vai receber o troco, com juros e correção até o ano
2.200DC, prazo máximo; o Homo Sapiens já fez por merecer, e deve desaparecer.
Transcrito do Informativo O Veredicto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário