1)Os caminhos de água corrente. O rio é
um caminho de água corrente.
Se há água
corrente em um leito, no chão, é um rio, um riacho ou um córrego.
A água corrente que cria o leito do rio, do riacho, do
córrego é proveniente diretamente das chuvas, ou, de fontes de água que aflora
na terra, do desgelo da neve ou do gelo.
Há 3 bilhões de anos atrás não havia água, atmosfera e
vida na Terra; depois, durante milhões de anos, choveu ininterruptamente,
enchendo as depressões da crosta terrestre, formando os oceanos, e o restante
da água das chuvas penetrou no terreno para formar os lençóis de água
subterrânea.
A água das fontes vem sob pressão dos lençóis de água
subterrânea.
O Ar Atmosférico absorve a água evaporada da litosfera
e da hidrosfera, e por vezes, dos corpos vivos, mantendo a umidade em até 90%
que significa 10 moléculas de Ar para 9 moléculas de água suspensa na pressão
atmosférica, integrando o Ar; a água do Ar atmosférico, umidade relativa do ar,
é liberada na litosfera em forma de sereno, orvalho, neve, mas pode suprir as
nuvens.
Inicialmente todos os caminhos de água da litosfera
eram caudalosos ou perenes, mas surgiram depois períodos alternados de chuvas,
secas (ou verões) – estações úmida e seca, criando os caminhos de água
caudalosos, perenes, temporários e secos; essa classificação não é unânime,
depende de tempo e de lugar, porque as 4 estações do Ano – outono, inverno,
primavera e verão são diferentes, assim como são diferentes a distribuição das
chuvas, o armazenamento de água, a temperatura, relevo, solo...
Há lugares da
Terra que se passam 200 anos sem chuva, mas na Amazônia chove durante 10 meses,
quase todos os dias. Onde chove pouco, curto período e baixo índice de chuva,
os rios são temporários; onde chove menos de 300mm ao ano, os rios são
temporários, mas há rios secos que permanecem sem água no leito por 3 e até 6
anos.
Há 10.000 anos o sertão nordestino recebia mais de 3
metros (3.000mm) de chuvas por ano, em período chuvoso de até 8 meses, mas
houve uma mudança climática, natural, de modo que no ano do descobrimento do
Brasil, em 1.500, o sertão recebia de 800mm a 1.200mm ao ano. Hoje recebe de
300mm a 600mm ao ano, por causa do desenvolvimento sustentável(?) do homem
brasileiro, particularmente devido o desmatamento bestial.
A datação para esses volumes de chuvas, em diferentes
épocas, é possível analisando-se a camada de areia que existe no leito dos rios
do sertão, que pode chegar a 30m de espessura, que guarda informações precisas
para este fim.
A classificação dos caminhos de água no Nordeste é
empírica, mesmo as informações que são registradas nos livros de geografia,
numa relação entre a largura do leito e a bacia hidrográfica; Hoje, no sertão,
há um rio caudaloso e por vezes perene –
o rio São Francisco que nasce na Região Sudeste; há rios parcialmente
perenizados por açudes e barragens que abastecem o rio com um filete de água
para irrigação agrícola, a exemplo do Jaguaribe-CE e Açu-RN, com menos de 100
km de extensão com água, que devem secar totalmente até o ano 2.019; 80% dos rios do sertão nordestino são
temporários; 2% de rios parcialmente perenizados e 18% de rios que não recebem
água em seu leito por períodos de 3 a 6 anos, rios secos, com características
determinantes: têm menos de 100km de extensão e recebem açudes e barragens(ou
nos seus afluentes); é o caso, por exemplo do rio Potengi, o rio grande do
norte, que além de pequeno, estar no Nordeste (e não no Norte.).
Se não fossem os açudes construídos nesses rios,
certamente permaneceriam temporários, mesmo que o índice pluviométrico tenha
diminuído no Nordeste.
Empiricamente classifica-se como rio aquele que tem
leito superior a 20m de largura e bacia hidrográfica maior que 100km²; essa
classificação é bastante lógica já que a área da bacia hidrográfica está
relacionada com o volume de água captada, e a largura do leito do rio tem uma
relação íntima com a área da bacia hidrográfica, levando-se em consideração o
relevo, o solo, temperatura, vegetação, atividade agrícola...
O Nordeste Amazônico tem rios caudalosos e rios
perenes. É o caso do Rio Parnaíba, genuinamente nordestino.
Transcrito do Informativo O Veredicto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário