segunda-feira, 1 de abril de 2013
Educação ambiental.
O que se vê na fotografia é uma obra da engenharia do "faz de conta" empreendida pelo governo federal no semiárido nordestino, o que o homem local chama de barreiro, ou pequeno açude, supostamente para armazenar água das chuvas para se dispor de água para o gado beber no verão de 8 a 11 meses sem chuvas; frequentemente temos mostrado esta ideia; 1) faz de conta que vai chover; 2) faz de conta que a precipitação pluviométrica seja maior que 50L/m² em 24 horas (condição para ajuntar água no barreiro); 3) faz de conta que essa água armazenada no barreiro não vai evaporar, não vai ser extraída pelo vento seco, e e nem sugada pela terra seca, no verão; a máquina, escavadeira, faz essa pequena parede de terra - 50m de comprimento, 2m de altura, em 4 horas de serviço em 3 horas de trabalho, ao preço de 5 mil reais por cada buraco desses, 1 a 2 buracos desses em cada lote de terras do assentado do INCRA; se em 2.013, como está previsto, chover menos de 300L/m² (300mm) nesta área, de janeiro a junho, cerca de 180 dias, seria 1,5 litro de água por metro quadrado ao dia; insuficiente para umedecer o solo, o chão, quanto mais juntar água no barreiro; janeiro a março as chuvas (4) precipitadas nessa área somam 28mm, e não há qualquer vestígio dessa água nas plantas, nos animais, no chão, no Homem; isto mostra que as leis físicas que regem a Natureza no semiárido são incompatíveis com a matemática da engenharia brasileira; a conta não fecha, nunca.
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