quarta-feira, 3 de abril de 2013
Educação ambiental.
Leito do Potengi a 65 km da foz. Ao invés de água corrente o leito do rio tem uma grama verde, comum em terreno ( e água ) salinizado, resultante do lixo-líquido do açude Campo Grande liberado até fevereiro 2.013, quando a comunidade científica acreditava que o açude tomaria água em 2.013; A morte do Potengi já chama a atenção (finalmente) da população de cidades e municípios junto ao Potengi, quando deveria ser um "despertar de consciência" de todos, já que esse rio deu o nome à Capitania, à Província (até 1.822), e ao Estado (a partir de 1.889); vez por outra o governo RN, instigando por algum órgão dos ministérios da IN, MA esboça alguma reação, mas sem continuidade, sem efeito já que para o governo e comunidade a morte do rio tem um só criminoso - o homem local, e para ressuscitar o rio teria-se que eliminar a população entre as nascentes (Cerro-Corá) e a foz - Macaíba, São Gonçalo do Amarante, e Natal; O Potengi é o depósito para onde as empresas limpadoras de fossas levam o material putrefato; 70% da Grande Natal não tem sistema de esgoto; as fossas são construídas em terreno arenoso, com o fundo no terreno natural, e o material líquido das fossas vai suprir os lençóis subterrâneos do abastecimento urbano (sob orientação do técnicos das prefeituras da região metropolitana de Natal), mas o material pastoso da fossa é levado (pelas limpadoras de fossas) para os mangues, ou para o rio Potengi; A estrada da Mangabeira que liga Macaíba à Natal é repleta de tanques de fezes, junto à maré; quando a maré enche o material pastoso dos tanques são dissolvidos, e quando a maré baixa, o material dos tanques de merda (+) é levado para o Mar, no caso, para os mangues; Toda água que abastece Natal é subterrânea, inclusive das lagoas costeiras que são ligadas entre si por um aquífero, lembrando que Natal foi fundada em 1.599, e que toda área da grande Natal é um terreno arenoso (e dunas) fazendo com que toda água da chuva se infiltre no solo, abastecendo os lençóis subterrâneos; Enquanto Natal, zona da mata NE, recebia 2.000L/m²/ano de água das chuvas significava que a cada inverno o lençol subterrâneo subia o nível da água em 2 a 3 metros, de modo que os excrementos liquefeitos representavam uma pequena porcentagem no lençol; Nos últimos 20 anos a oferta de chuvas vem diminuindo na zona da mata RN, baixando para média de 1.200L/m²/ano, enquanto a população da região metropolitana de Natal-RN duplicou nesse período; significa dizer que o problema da contaminação do lençol subterrâneo, com excrementos, cresce exponencialmente, podendo chegar ao colapso (o abastecimento) até o ano 2.050; 99% da população de Natal desconhecem essa possibilidade, ou melhor, são indiferentes; basta o hoje. Para que futuro?
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