sábado, 12 de outubro de 2013

Educação ambiental.

Nesta segunda postagem sobre a estrutura interna do terreno "arisco" do agreste vemos (na barreira do corte feito no arisco) a penetração das raízes da pequena (nova) jurema, vendo-se mais ao fundo árvores de porte médio.  O terreno do arisco é favorável á infiltração das raízes das árvores e arbustos, e como se trata de uma estrutura de areia e argila de fraca consistência, frágil para a sustentação das árvores (com muito corpo acima do terreno) a tendência é que as raízes se infiltrem verticalmente no terreno, o que seria diferente do comportamento das árvores em terreno de argila e pedras; a infiltração (drenagem) de água das chuvas no terreno do arisco é favorecida substancialmente, não só pela composição, textura, porosidade, mas por que a "arisco" é plano, ou ligeiramente plano, onde a água não escorre, não tem correnteza (nem riachos), a não ser nas depressões naturais entre 2 ou mais terrenos de arisco. A presença das árvores, com suas raízes, só facilitam a infiltração de água das chuvas; na maior parte do agreste RN o arisco, diferente do arisco desta fotografia, é assentado em barro de argila, muito impermeável, chamado de "barro de louça", e neste caso, dependendo da oferta de chuvas, o arisco pode "encharcar"; exemplo: se a camada do terreno de arisco, assentado no barro de louça, tiver 60cm de espessura, uma chuva de 40mm, em 24 horas, pode transformar o arisco em um brejo. Hoje, as áreas de arisco no agreste representam menos de 20%, mas é provável que antes da colonização essa cobertura fosse maior que 40% que, com os desmatamentos, em terreno ondulado, a água da chuva levou o arisco, areia, para assorear os riachos, rios, como no caso do rio Potengi que tem uma camada de areia no leito, com mais de 10m de espessura, e já não se vê terreno de arisco a menos de 5km de distância de suas margens.

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