sexta-feira, 28 de março de 2014

Educação ambiental.

1)Transformação da água doce, em água salgada, com o uso (ao invés de UTILIZAR) no RGN.
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Informações elementares: Toda água da Terra já foi água doce, inclusive nos Oceanos, porque toda água da Terra veio ou vem de um regime de chuvas; isto é, a água H2O foi montada na atmosfera. A Terra não é o planeta água – em 80% do corpo da Terra não existe água, mas podem existir os gases H e O. A água da Terra não está acabando; é que a água doce está se transformando em água salgada ou ácida.
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A serra de Santana localizada em 5 municípios do RGN tem 70km de extensão e 600m de altitude; em sua chã há 2 cidades – Lagoa Nova e Tenente Laurentino. Até 1.965 a população era abastecida com água das chuvas armazenada nas cisternas e o gado bebia a água das chuvas captada nos barreiros (pequenos açudes) construídos nas grotas da serra. A população estava crescendo, mas esses sistemas de captação da água das chuvas eram insuficientes;
 Em 1.966 a engenharia do Exército perfurou dezenas de poços artesianos na chã da serra de Santana, encontrando água doce subterrânea entre 20 e 40m de profundidade; 20 anos depois 80% dos poços estavam com água salgada; hoje essa área é abastecida com a água salobra do açude Armando Ribeiro Gonçalves, do rio Açu. A precipitação pluviométrica, hoje, nessa área, varia de 300mm a 600mm ao ano, que corresponde a 300 a 600 litros de água doce por metro quadrado de área, suficiente para se fazer agropecuária e abastecimento urbano durante os 365 dias do ano.
Há 50 anos  a cidade Mossoró (2ª cidade do RN) não podia crescer porque a água dos açudes e dos cacimbões que abasteciam a cidade ficaram com água salgada; a água chegava à Mossoró por intermédio do Trem e em carros-pipas de vários pontos do RN. Tempos depois escavaram poços artesianos profundos, encontrando água doce subterrânea a 400m de profundidade; com a extração excessiva da água e com a redução na oferta de chuvas (para o suprimento) a partir de então, o nível de água baixou e diminuiu a vazão de água dos poços, forçando os técnicos a aprofundarem os poços para mais de 800m, onde a temperatura nesse espaço da crosta terrestre pode chegar a 100ºC, água no estado gasoso, mas esses poços também se esgotaram e hoje Mossoró é parcialmente abastecida com a água do açude Armando Ribeiro Gonçalves, água salobra do rio Açu, que vai ficar salgada, imprópria para o consumo humano. Nos próximos 20 anos a cidade de Mossoró-RN vai morrer de sede nadando no mar de água salgada.
Se perguntássemos aos técnicos porque a água dos açudes e subterrânea FICOU salgada no semiárido, a resposta é uma só – o terreno é cristalino: mas há 200 anos não havia água salgada (e nem salitre no solo) em Riachuelo-RN, mas o terreno é o mesmo; todo terreno é cristalino porque é constituído basicamente por silício (cristais) e a maioria dos nutrientes minerais das plantas, incluindo o cloro e o sódio, são cristais; O cloro e o sódio são abundantes no solo e integram os corpos vivos de animais e vegetais; a água doce das chuvas (solvente da Natureza) e o fogo criam a fusão (eletrovalência) dos dois cristais - o cloreto de sódio e também o nitrato(NHO3) de sódio;
 A 200m de profundidade em Riachuelo-RN não existe terra, barro, nem areia porque os minerais estão INTEGRANDO a rocha-matriz, pedras que, longe da ação das intempéries e raízes das plantas não se desintegram, e quando são fraturadas pelo calor do ambiente permanecem compactas; se tiver água nessa profundidade é água doce infiltrada no terreno há milhões de anos; se tiver água salgada nessa profundidade a causa é infiltração da superfície, forçada por algum processo de degradação; toda água que tem contato com a terra, areia, barro tem sal porque o cloro e o sódio, independentes, estão dispostos a participarem da união eletrovalente; no terreno também podem se formarem outros sais( não prejudiciais).
A água também fica salgada quando a procura pela água doce é maior do que a oferta de água doce patrocinada pelas chuvas. Embora formada com água salgada evaporada dos Oceanos a água das nuvens de chuva é a única água doce potável, no Nordeste.
Quando o açude de São Paulo do Potengi foi construído na década de 80 a idéia  era de que essa água iria abastecer São Paulo, São Pedro, Barcelona, Rui Barbosa e Riachuelo; 10 anos depois a água ficou salgada, imprópria para o consumo humano, porque o açude passou 1.000 dias sem sangrar – sem renovar a água armazenada; assim água mole em pedra dura(cloro e sódio do chão) tanto bate até que fura(eletrovalência). Quando a cidade de João Câmara recebeu água da região de Maxaranguape a água era doce, mas hoje é tão salgada que mata marimbondos. De Ceará-Mirim a Canguaretama, em uma  faixa de 30km a partir do Mar, toda água subterrânea e nas lagoas é água doce, porque: 1) o índice pluviométrico é superior a 1.000mm ao ano; 2) o terreno é arenoso profundo(e as dunas de areia) funcionando como uma esponja que absorve toda água doce das chuvas; embaixo dessa camada de areia tem o solo massapé da zona da mata impermeabilizando(não permite a infiltração de água) para criar os lençóis de água subterrânea que, sob pressão, aflora nas depressões do terreno, as fontes de água que abastecem as lagoas costeiras, inclusive as lagoas de Bonfim e Extremoz que abastecem a Grande Natal, São Paulo do Potengi, Santa Maria, São Pedro...
Em Riachuelo, agreste do RN, o índice pluviométrico baixou em 40% nos últimos 30 anos, o que significa menor oferta de água doce, quando a vida vegetal e animal – flora e fauna estavam adaptadas para uma oferta natural de chuvas que variava entre 800mm e 1.000mm ao ano; os 400mm (média) garantidos todos os anos, aqui, correspondem a um volume de água (A.h) de 400 litros por metro quadrado deste Município, um dilúvio; acontece que 80% dessa água vão para o Mar nos rios e riachos temporários; os 20% restante de água ficam – 4% se infiltram no solo argiloso, 3% ficam nos corpos dos vegetais e 13% ficam armazenados nos barreiros e açudes; a água do barreiro e dos corpos dos vegetais evapora totalmente no verão; metade da água do açude evapora nos 8 meses de verão e a outra metade fica salgada. Em 2.005 choveu em Riachuelo 400mm em um período chuvoso de 55 dias e 310 dias sem chuvas.
 O Governo e a comunidade científica sugerem a construção de um milhão de cisternas como forma de enfrentar a seca nordestina; a água da cisterna é água das chuvas captada no telhado de telhas coloniais, a parte mais suja da casa do homem nordestino, onde moram cobras, ratos, lagartixas, insetos, microrganismos, há veneno da lavoura trazido pelo vento e não há como limpar a sujeira e o veneno das telhas; em 2.005 o Governo do RN perfurou 3 poços artesianos em Riachuelo: um não tem água e nos outros 2 poços a água salgada é imprópria para consumo humano; isto é  desperdício do dinheiro público.
Temos mostrado ao longo de 11 anos que existe uma forma lógica, natural  para se captar e se armazenar racionalmente a água doce, pura, das chuvas, a opção número 1 para se debelar A SECA cultural nordestina, o que implicaria em uma mudança de mentalidade na comunidade científica, algo impossível  de se fazer na cultura brasileira.
Exemplo: em um hectare (A) de terras e índice pluviométrico de 500mm(h) o volume de água captada é 10.000x0,5=5.000m³ ou 5 milhões de litros de água doce; todas as plantas e animais – flora e fauna deste lugar estão aclimatadas para um regime de chuvas superior a 600mm ao ano, com estação chuvosa de 4 a 5 meses; a lavoura e a pecuária são plantas e animais com os mesmos princípios biológicos da flora e da fauna. A chuva traz 8 benefícios, para a lavoura que outra água não tem: 1) a água não tem contato com o chão e portanto é H2O(sem minerais); 2) a chuva traz, a reboque, o nitrogênio do Ar Atmosférico, principal nutriente das plantas; 3)traz o oxigênio do Ar para a respiração aeróbica dos animais; 4) Lava o corpo da planta por inteiro, removendo a sujeira e desobstruindo os poros para a respiração e transpiração; 5)umedece toda área do chão por igual; 6)controla a umidade do Ar, adequando-a às necessidades das plantas – no NE se o Ar tem umidade abaixo de 60% a chuva repõe; se tem umidade acima de 80% a chuva tira água do Ar Atmosférico; 7)o oxigênio trazido do Ar, pela chuva, inibe o desenvolvimento de microrganismos anaeróbicos, evitando doenças nas plantas; 8)durante a chuva não há insetos na lavoura, porque a formiga não anda na chuva, a borboleta não voa na chuva, a lagarta não come na chuva. Agricultura racional é feita na época das chuvas, mas como a estação chuvosa tem pequena duração e o ano tem 12 meses, o certo é armazenar-se a água da chuva, tal qual vem das nuvens, para a lavoura nos meses de verão, criando-se os benefícios da chuva – lançar a água, sob pressão, no Ar, com espargidores e moto-bomba. Nos últimos 30 anos assistimos no Município de Riachuelo-RN a morte, falência, das 4 grandes fazendas – Lagoa Nova, São João, Batuba e Tijuca (ou tejuco); os donos da São João, da Tijuca e da Batuba morreram de esmola; As terras da fazenda Lagoa Nova são um assentamento do INCRA onde os assentados estão passando fome, porque: o clima naturalmente fragilizado (com uma oferta natural de chuvas inferior a 1.000mm) do semi-árido não suportou tanta agressão com a destruição da flora e da fauna, esgotamento ou eliminação do solo,transformação da água doce em água salgada(eletrovalência do cloro e do sódio, forçada),uso do fogo (coivaras, queimadas, fogueiras) onde deveria-se UTILIZAR a água, piorando a oferta de chuvas e mudando a direção e intensidade dos ventos, intensidade e reflexão da luz solar incidente, temperatura, pressão, umidade do Ar...Se o homem brasileiro não mudar essa mentalidade destrutiva, só lhe resta a morte; Mãe-natureza vai lhe dar o troco com juros e correção, exatos.
Transcrito do Informativo   O Veredicto nº 13, desta mesma Fonte.




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