4)Elemento
da flora/fauna da terra – A caatinga. 8 ambientes da caatinga em 8 fotografias.
“Caatinga” é uma palavra indígena que
significa área com vegetação arbustiva e cactos dispersos, CLAREIRAS inseridas
na área chamada sertão nordestino; são áreas com 2 a 8km² totalizando 250.000km², cercadas (ou ilhadas)
por serras, serrotes, rios, riachos e suas várzeas e pelas áreas de solo e
vegetação(nativos) de cerrado. Caatinga é um terreno modestamente ondulado, com
lajedos e pedras miúdas cortantes, pontiagudas (indicando a baixa pluviosidade
ao longo do tempo), que não tem solo de sedimentação (razão da semiaridez); o
chão da caatinga é o subsolo impermeável á infiltração de água e impenetrável
pelas raízes das plantas (apenas arbustos, cactos e relva com raízes
superficiais), porém rico em nutrientes minerais. As plantas nativas da
caatinga são marmeleiro, mufumbo, pereiro, velame, xiquexique, coroa-de-frade,
macambira; a árvore jurema não passa de 3m de altura, quando adulta, na
caatinga; a árvore favela (parece não ser nativa da caatinga) chega a 6m de
altura, porem suas raízes são superficiais e não tem a raiz “pivô”. São plantas
adaptadas a um índice pluviométrico variando entre 400 e 800mm ao ano, mas
limitadas pela falta ou escassez de solo; os demais cactos e árvores que se ver
no sertão nascem onde tem solo (fora da caatinga); exemplo: mulungu, cumaru,
umburana, angico, catingueira, aroeira, caibreira, maniçoba, oiticica,
mandacaru, facheiro só nascem nas várzeas dos rios e riachos ou no solo de
cerrado; as abas das serras têm vegetação de cerrado e vegetação de caatinga. A
caatinga do índio é conhecida pela comunidade científica como tabuleiros do
sertão, o que é falso, pois a caatinga é ligeiramente ondulada;
Entre
1 e 2 bilhões de anos, atrás, a crosta terrestre passou por uma revolução de
dobramentos e sedimentação que moldaram grande parte do relevo terrestre de
hoje; as modificações geológicas que surgiram após esse período são modestas,
raras, mas acentuadas no “solo de
sedimentação”, no que se refere a textura, porosidade e cor.
A
vida na Terra está intimamente relacionada com as variáveis atmosféricas, e
estas, por sua vez, dependem do relevo e da textura, porosidade e cor da parte
mais externa da crosta terrestre, no caso, o solo ou o subsolo; a posição das
inúmeras serras (formada há bilhões de anos) do sertão tem tudo a ver com a
direção e intensidade dos ventos que conduzem as nuvens de chuva e também com a
superfície de incidência, reflexão e absorção da Luz Solar, o que significa
dizer que é determinante das variáveis atmosféricas – chuvas, umidade, pressão,
ventos, temperatura; As variáveis atmosféricas da caatinga eram exclusivas no
sertão, mas com a destruição da flora, as variáveis atmosféricas da caatinga se
impõem no restante do sertão (hoje). A caatinga defina a área chamada sertão
nordestino com 500.000km² nos Estados PI, CE, RN, PB, PE, AL, SE, BA; no
Maranhão não tem caatinga, mas sertão significa “lugar longe do litoral, longe
do mar”. 85% do território brasileiro são sertões. A caatinga é a única área
semiárida natural do Nordeste, devido à escassez de solo de sedimentação e não
por escassez de chuvas, como se pensa. As abas das serras do sertão nordestino
têm superfície íngreme, acidentada e por isso não foi explorada, desmatada para
os campos de lavoura e pecuária; 70% das plantas das abas das serras são vegetações
típicas de cerrado e 30% de vegetação de caatinga; a área de cerrado (nativo,
fora das abas das serras) foi totalmente devastada, extraindo-se o solo com o
arado do trator, da capinadeira e por isso, predominam nessa área, hoje, as
plantas de caatinga, motivo pelo qual a comunidade cientifica chama a
“caatinga” original de tabuleiro e chama a área original do cerrado de caatinga
– uma grande confusão científica.
Transcrito do Informativo O Veredicto.
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