terça-feira, 16 de julho de 2013
Educação ambiental.
Esses diferentes níveis de plantas divididos pela cerca causa estranheza, já que estão no mesmo solo, no mesmo clima, com a mesma oferta de chuvas; daria a impressão de que o mato de nível mais baixo foi aparado por uma máquina; na realidade isto é resultado do mal uso da terra: o nível mais alto de vegetação, depois da cerca vem sendo usado há mais de 50 anos para o plantio, quando chove, principalmente de feijão macassar; o feijão é uma leguminosa, e como tal colhe o nitrogênio do AR, principal nutriente das plantas, é um dos poucos processos naturais para se incorporar o gás nitrogênio ao solo, graças às bactérias nitrificadoras das raízes do feijão (e outras leguminosas); esse terreno arenoso (arisco) plano, não sofre erosão, mas os nutrientes minerais sofrem lixiviação, empurrados para baixo, pela ação da água das chuvas, longe do alcance das raízes de plantas rasteiras (exceto arbustos e árvores que têm raízes compridas); o terreno "arisco" é, diferente do solo argiloso, muito pobre em nutrientes; o feijão plantado todos os anos nessa área nem sempre recebe água das chuvas suficientes para se reproduzir, e com 150 dias de vida, com solo úmido, ou não, a massa orgânica do seu corpo vai sendo incorporada ao solo, junto com o nitrogênio que integra o corpo - folhas, galhos, raízes; Enquanto isto a área de vegetação baixa, do lado de cá da cerca, é usada exclusivamente para a criação de gado que começa a "pastar" logo que as plantas nascem, de forma que as mesmas não se reproduzem, restando a cada ano menos sementes para nascer; outro inconveniente com relação à vegetação depois da cerca é que o CASCOS dos animais danificam as plantas e compactam o solo; na área usada para a agricultura (do outro lado da cerca) o agricultor arranca o MATO para abrir espaço para sua lavoura, e essa massa orgânica arrancada fica no solo, como adubação orgânica, e também mantendo os nutrientes minerais à flor da terra, protegendo o solo dos raios do Sol, segurando a umidade.
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