Educação ambiental.

Plantação de feijão macassar no leito do rio seco do sertão RN; rio temporário é aquele que em determinada época do ano, na época da estação chuvosa, tem água corrente no seu leito, mas com as agressões ambientais os rios do sertão NE de 500.000 km² nos Estados PI-CE-RN-PB-PE-AL-SE-BA passam até 5 anos sem ter água corrente no seu leito, o que significa rio MORTO; de fato, rio sem água não tem alma; esses rios têm uma camada de areia lavada com mais de 10 metros de espessura, de fácil drenagem de água das chuvas, de modo que só há água corrente no leito depois que essa camada de areia está saturada com água; essa areia é muito grossa, e assim o volume de areia acumula mais 70% em volume em água; os rios do sertão NE foram temporários nos últimos 10 mil anos, por conta da oferta de chuvas (na bacia hidrográficaa0 média de 500L/m²/ano, e por conta de uma infinidade de olhos d`água, fontes de água, que mantinham um filete de água corrente o ano todo, o que significa dizer que toda areia que constitui o leito do rio permanecia saturada de água, e ainda, a água armazenada era boa para os animais beberem o ano todo, e dava para os índios locais fazerem sua pequena agricultura irrigada no verão, como foi o caso dos índios JANDUÍS que habitavam o vale do rio Açu, do qual o rio da fotografia é afluente; a partir da década de 50 (1.950+), e depois de 200 anos de ocupação do sertão, com desmatamento incondicional, as fontes de água secaram, a oferta de chuvas baixou, as secas com até 300mm de chuvas/ano se tornaram frequentes e prolongadas; consequentemente, a partir da década de 50 os rios do sertão passam até 5 anos sem água corrente no leito; o nível de água no leito (camada de areia) vai baixando, e assim a lavoura, no caso feijão e batata doce, não consegue tirar água da areia com suas raízes curtas; o rio da fotografia experimentou várias enchentes no ano 2.011, e conseqüentemente tinha água na areia para o plantio dessas lavouras; em 2.012 e 2.013 os rios dessa área do sertão RN não receberam água corrente, inviabilizando o plantio de lavoura; apesar de ter recebido 150mm de chuvas, ou 150L/m², a água foi drenada para baixo até à camada de lajedo que contém o leito de areia, fora do alcance das raízes pequenas da lavoura; por outro lado, o fato do rio não receber água doce abundante das chuvas faz com que a pouca água armazenada na camada de areia fique salgada; o Sal, no caso, é cloreto de sódio, e a salinidade da água acontece por que diminui a porcentagem de água, e o volume e sal permanece na areia; É bom ressaltar que a evaporação de água dentro da camada de areia do rio só acontece até 50cm de profundidade, quando se sabe que essa camada de areia tem mais de 10m de espessura; a fuga dessa água  freática na camada de areia é devido ao fluxo de água que acontece internamente por força da gravidade, das nascentes para a foz; construindo-se barragens transversais com paredes levantadas a partir do lajedo embaixo da camada de areia, essa água não poderia fugir, permanecendo à disposição da vida no sertão o tempo todo.