quarta-feira, 17 de julho de 2013
Educação ambiental.
Fotografia do dia 15 de julho de 2.013 mostrando um campo plantado com feijoeiros, no agreste RN; aparentemente nada de extraordinário, mas olhando-se atentamente nota-se que alguns feijoeiros estão amarelando, morrendo, e que reforça a informação pelo reduzido número de flores; essa terra de arisco (arenoso) é plano, não sofre erosão; até o momento (esta data) a área recebeu mais de 400 mm de chuvas, ou 400L/m²; toda água das chuvas precipitadas se infiltra no terreno; PASMEM! O partido de feijoeiro está morrendo por excesso de água; o feijão macassar, no caso, é a cultura agrícola da lavoura de subsistência do Homem do semiárido que menos necessita de solo úmido: metade da água que os outros feijões precisam, e 1/4 da água que o milho exige para se desenvolver e produzir; o feijão é uma leguminosa e outros feijões poderiam se desenvolver perfeitamente neste terreno, com o mesmo volume de chuvas, mas quanto à cultura do milho há um inconveniente: o terreno arenoso, arisco, é muito pobre em nutrientes minerais, inviabilizando o plantio de milho; durante 50 anos ou mais essa área está desmatada para a lavoura de subsistência; nos primeiros anos de exploração a terra tinha a fertilidade natural para qualquer cultura, mas à medida que o Homem vai plantando, todos os anos, a lavoura vai colhendo os nutrientes do chão até o esgotamento; O agricultor deveria fazer a reposição nutricional, algo impensado no Nordeste; a evaporação de água do solo nessa área é de 3,5 litros X m² X dia, mas isto só acontece da superfície do terreno até 10cm de profundidade; Os 400 L/m² das chuvas aconteceram com baixas precipitações pluviométricas desde janeiro, de modo que o solo só estava úmido para o plantio no mês de abril/13; esse feijoeiro foi plantado tardiamente no final do mês de maio, quando o solo já acumulava muita água das chuvas precipitadas, na medida certa para a germinação do feijão e crescimento do feijoeiro; a partir de então a área recebeu metade das chuvas que tinha recebido até maio, umidade alta para o caso do feijão macassar; à medida que o feijoeiro vai crescendo, cobrindo a área, a evaporação de água do solo diminui, por isso; ainda pelo fato dos meses de junho e julho permanecerem com o Céu nublado, e o vento úmido, diminui mais ainda o teor de evaporação de água do solo; Conclusão: agricultura no semiárido nordestino tem de ser científica, enquanto que na prática é loteria.
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