segunda-feira, 8 de julho de 2013

Educação ambiental.

O menino e o preá; o preá é um roedor também conhecido como porco da índia; no semiárido nordestino - sertão e agreste, existem outros roedores caçados pelos índios, como alimento: punaré (muito semelhante ao rato, já que tem rabo); mocó (muito grande);  com o advento do português colonizador e escravo africano, a caça a esses roedores se intensificou principalmente na época chamada de "seca" quando o gado morria de fome e o sertanejo tinha de buscar a "mistura" (carne para comer com feijão e farinha) no mato (ou mata), e como um milagre esses roedores se reproduziam muito bem nas secas; até recentemente,  até final do Século XX, esses animais, principalmente o preá, existiam grande quantidade no sertão e no agreste; os índios caçavam o preá com arco e flecha, ou com armadilha, usando uma laje de pedras com uma das pontas suspensa por uma armação de 3 paus, armados,que tinha uma fruta em uma das extremidades de um dos paus,  normalmente a fruta madura  da palmatória; essa armadilha era  chama QUICHÓ; quando o preá ou punaré tentavam tirar a fruta da armação de madeira, que funciona como um gatilho, a pedra esmagava o animal, matando-o; os africanos trouxeram outra armadilha, chamada  FOJO, que consiste de um buraco escavado no chão e nele se coloca uma lata (do tamanho do buraco), isto é feito no caminho, na trilha feita pelo deslocamento dos preás; na boca da lata coloca-se a armadilha que consiste de 3 tábuas, tipo uma porta com 2 portais; a porta estar presa aos portais por um eixo no centro, de modo que quando o preá (que vem na trilha) pisa na portinhola  falsa, desliza para dentro do buraco, que forrado com a lata o impede de sair; O caçador moderno  caça (caçava) os preás com cachorros que  "acuam" os preás nas coivaras, nos formigueiros, ou os pega na  "carreira"; o caçador também os caça  matando-os com tiros de espingardas; O índios também costumavam queimar as capoeiras para que o fogo obrigasse os roedores (e outras caças) a fugirem atordoados,  as vezes chamuscados pelo fogo, sendo assim capturados facilmente; de tanto caçar a DOR acabou-se essa fonte de alimentos no NE semiárido.

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