sexta-feira, 5 de julho de 2013

Educação ambiental.

Dando continuidade à explicação sobre a origem de um brejo de altitude no agreste-RN, da postagem anterior,  vemos nessa fotografia 3 elementos que identificam a existência do brejo: um cinturão de serras ao longe; um lajedo (rocha matriz aflorada) em primeiro plano, e um bosque no final do lajedo; a chuva que se precipita no lajedo impermeável escorre por gravidade para a parte baixa; o bosque está em um solo relativamente denso (daí a razão das árvores) que armazena parte de água das chuvas; as raízes das árvores favorecem a infiltração de água nesse terreno; nesse lajedo da fotografia está a fonte de água que cria e alimenta  o BREJO de altitude da postagem anterior; essa área do agreste RN tinha há cerca de 200 anos um brejo destes para cada área de 10km² mantendo-se como fontes de água, olhos d`água para a fauna e para os índios o ano TODO; no Estado do Ceará existem brejos de altitudes, nas abas das serras, aonde se cultiva cana-de-açúcar, e também há no Oeste Norteriograndense. No caso do agreste RN, onde a altitude é menor que 300 metros, os brejos de altitude estão mais sujeitos a secar, morrer, do que no sertão; por outro lado, nas abas das serras do sertão RN não se faz agricultura (terreno acidentado, com pedras, lajedos) e assim não se faz desmatamento; podemos acrescentar que a vida dos brejos de altitude no sertão tem outro benefício: as serras, com mais de 600 m de altitude, tem uma chã plana, larga, comprida, arenosa, onde se infiltra toda água das chuvas (não há rios, riachos nas chãs das serras) que vai, por gravidade, aflorar na aba (barriga) da serra formando as fontes de água;  a morte desses brejos no sertão RN tem outra causa: a redução na oferta de chuvas; A famigerada Serra de Santana, que vai de Cerro-Corá a Florânia-RN tinha centenas desses brejos em ambos os lados, nas abas da serra; em cima dessa Serra, na chã, existe o município de Lagoa Nova cuja cidade-sede só foi possível por que as chuvas criaram uma grande lagoa de água doce para as pessoas utilizarem, hoje extinta.

Nenhum comentário:

Postar um comentário