sexta-feira, 4 de outubro de 2013
Educação ambiental.
Nesta fotografia se vê o rio (morto) Potengi, o rio grande do norte (que é pequeno ( o Estado e o rio) e estar no Nordeste), mostrando a grande largura, 3km acima do açude Campo Grande das postagens recentes; o leito do rio transformou-se em uma camada de areia de grande espessura, encobrindo as várzeas; Durante 200 anos, de meado do Século XVII ao Século XIX os campos de pastagens do gado e do plantio de algodão, feijão, fava, milho, batata, mandioca, jerimum se aproximaram cada vez mais do rio, obviamente pelo fato de ser a única fonte de água, no verão, para os bichos (gado) beberem, e para o Homem agropecuarista era tinha os campos planos (característica de agreste) arenosos (ariscos) excelentes para a agricultura, e ainda tinha as várzeas dos rios, férteis para plantar feijão, batata doce e jerimum, no verão, chegando para o rio, também com a casa da fazenda; o Homem também avançou, com essa agricultura, no terreno íngreme, de argila, mais próximo à calha do rio; todos os anos, quando chovia, essa área acidentada era a primeira a ser preparada para o plantio de lavoura; preparar a terra, no Nordeste, significa: 1) arrancar toda e qualquer planta (nativa), ou seja, fiação (ou germinação) de árvore e/ou arbusto que teimosamente tentou nascer no "pedaço" de terra do Homem; 2) junta-se toda massa orgânica vegetal, arrancada, e, seca, faz-se coivaras -monte de plantas secas, e bota-se fogo, deixando a terra "pretinha"; a palavra "coivara" é de origem indígena, mas foi também trazida para o NE pelos escravos africanos, o que indica ter origem em culturas da "pedra lascada"; 3) passa-se o arado da capinadeira (e hoje o arado do trator) soltando todo o solo que vai sendo levado, em forma de erosão, pela água das chuvas, assoreando o leito do rio, camada de terra que hoje, neste ponto do rio, pode passar de 20m de espessura. à medida que o Homem ia devastando a vegetação, flora, ia dizimando a fauna: antas, ticacas, pebas, tatus, tejus, preás, punarés, mocós, sariemas, onças, veados; Quando o Homem correu da zona da mata RN, ocupada pelos engenhos de cana-de-açúcar (e densamente povoada) para esta área do Potengi, o rio permanecia com água corrente (enchentes) durante o período das chuvas, que naquela época varia de 3 a 5 meses por ano, com ofertas de chuvas de 300mm a 1.100mm ao ano, água doce; após a última enchente do ano ainda permanecia um filete de água corrente durante 2 ou 3 meses seguintes; mas a qualquer época do verão a camada de areia do leito do rio permanecia saturada de água, devido a alta drenagem de água da enchente, na areia do rio; é sabido e notório que o terreno da caatinga do sertão NE, 100km do corpo do rio Potengi, tem grande quantidade dos sais, particularmente cloro e sódio, não só devido a deficiência de plantas (fazem parte do corpo de animais e vegetais) - 0,03m³/m², mas por que na caatinga não existe solo orgânico/mineral, e tão somente o subsolo onde todos os elementos químicos minerais estão avulsos, ou são facilmente arrancados das pedras pelas intempéries; Os sais cloro e sódio são facilmente atraídos a compor uma nova molécula NaCa - cloreto de sódio, um processo eletrônico estimulado pela ação das intempéries; Toda água subterrânea, nas lagoas, nos açudes do semiárido TEM sal, mas a grande quantidade de água DOCE das chuvas, origem de TODA água subterrânea, e/ou armazenada em cima da terra reduz a salinidade da água da terra a zero; quanto mais chuvas, menos salinidade na água; nos anos em que a oferta de chuvas era de 300mm, o rio não botava enchente, mas 300mm significam 300L/m² de água DOCE das chuvas, precipitados na areia do leito do rio, e assim reduzindo a salinidade da água do lençol freático que teria aumentado no verão sem chuvas, de 5 a 7 meses por ano. Nesta postagem enumeramos 2 dos inúmeros elementos, criados pelo Homem, que levaram o rio grande do norte à morte. CONTINUA.
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