quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Educação ambiental.

No meio das modestas serras no agreste RN quase não há áreas planas para se construir uma casa; embora as serras tenham menos de 300m de altitude, começa e termina bruscamente, sem chã,  um terreno muito acidentado, cheio de pedras grandes e lajedos; o Homem local tem de plantar nas abas da serra, e neste declive o trabalho na lavoura é muito sacrificado; não  se pode usar tratores no desmatamento ou na aragem da terra; broca-se a mata, com foice e machado, arriando-a  no chão, até que a vegetação cortada, seca, bota-se fogo em tudo, transformado em carvão, fumaça, fuligem, cinzas de tal modo que os troncos das árvores cortadas vão sendo queimados anos, após anos, até ás raízes morrerem; para semear as sementes da lavoura de subsistência, milho e feijão (na época das chuvas), o Homem trabalha cavando as covas de baixo para cima, nunca descendo a ladeira; a limpa do terreno, com enxada, também é feita de baixo para cima, e até mesmo a colheita tem de ser feita nesse sentido; significa dizer que o trabalhador rural, dessa área, anda ida e volta para uma mesma operação; embora a terra seja muito rica em nutrientes minerais, a grande presença de pedras e lajedos aflorados limita o número de covas por área; uma lavoura muito cultivada no NE, mas que não pode ser cultivada nesse terreno é a mandioca e/ou a macaxeira, já que seus tubérculos não se desenvolvem nesse chão pedregoso.

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