quarta-feira, 26 de março de 2014

Educação ambiental.

1)Fenômenos meteorológicos que atuam na oferta de chuvas no semi-árido.
ALFA (o menino, El Ñino); BETA (el hombre); ÍPSILON(a menina, la ñina).
Os termos em latim foram criados por nós em respeito, em homenagem a esses fenômenos atmosféricos tão importantes para a Vida da Terra, mas que até hoje eram tratados, pela comunidade científica, com deboche, alcunha, apelido – El Ñino, La Ñina, criados pela comunidade indígena que habitou a costa da América do Sul de colonização espanhola.
O clima, a vida e o ambiente na Terra tem tudo a ver com os 4 elementos da Natureza – Energia luminosa e calorífica da luz Solar, Ar Atmosférico, água e solo.
Cada um desses elementos tem inúmeras variáveis atmosféricas e todos são interdependentes.
A água salgada dos Oceanos e Mares ocupa 71% da superfície da Terra e compreende 97,3% da água da Terra. A água é a maior massa entre os 4 elementos da Natureza, apesar de ser 783 partes de terra, barro, areia, pedras, para uma parte de água( a Terra não é o planeta água);
O solo, 4º Elemento da Natureza, é aquele que gera vida nas terras emersas(litosfera).
Os fenômenos climáticos, em pauta, dependem da variação de temperatura da água do Oceano Pacífico na costa da América do Sul e também da variação de temperatura na atmosfera. Vamos focalizar atividades climáticas que acontecem desde à superfície da água do Oceano, até 11km de altitude, acima da troposfera, onde a temperatura varia de 10ºC na água do Mar, até 52 graus negativos a 11km de altitude.
 A variação de temperatura na água do Oceano Pacífico, junto ao continente da América do Sul, é um mistério para a comunidade científica, mas tem causa definida: No Continente da América do Sul, e no leito do Oceano pacífico, nessa área, tem a maior atividade vulcânica do Planeta – é o cinturão de fogo. O calor das lavas vulcânicas é o único elemento que teria condições, na Terra, de mudar a temperatura da água de um Oceano junto do Pólo Sul, ponto mais frio da Terra.
A temperatura da água do Oceano pacífico varia de 16ºC a 23ºC, conforme a atividade vulcânica seja baixa ou alta. Quando a temperatura é de 20ºC a atividade vulcânica é média. 90% das nuvens que trazem chuvas para as Regiões Sudeste e Nordeste são formadas sobre o Oceano Pacífico, resultado das frentes frias oriundas do Pólo Sul, que dependem, na formação, da temperatura na água do Oceano (para evaporação) e da temperatura na atmosfera, onde a nuvem (água condensada) se forma. Quando a atividade vulcânica é alta no Continente, inversamente é baixa no leito do Oceano (e vice-versa) Podemos imaginar essa situação como um coco (da praia) que tem 2 furos de diâmetros diferentes. Quando a atividade vulcânica é alta no leito do Oceano, a baixa atividade no Continente lança as lavas(na atmosfera) quentes até 8km de altitude; a temperatura na água do Oceano vai a 23ºC, com ventos (motor das nuvens) fracos entre o Oceano e o Continente – temos o fenômeno El Ñino – ALFA. Se a atividade vulcânica é baixa no leito do Oceano, no Continente o calor das lavas vulcânicas, sob grande pressão, chega a 12km de altura, quando teremos ÍPSILON ou La Ñina. Na atividade vulcânica média tem BETA. Com ALFA os ventos fracos conduzem as nuvens até a Região Sudeste, onde teremos índice pluviométrico acima de 2.200mm durante a estação chuvosa, mas no semi-árido, aonde as nuvens não chegam (ou vem em pequeno volume) a oferta de chuva é de, no máximo 400mm ao ano.Com os ventos fortes de ÍPSILON as nuvens atravessam(no trajeto) a Região Sudeste e lançam uma grande oferta de chuvas no semi-árido – acima de 800mm. Existem os vulcões ocasionais, periódicos e cíclicos e conseqüentemente ALFA e ÍPSILON são cíclicos.Esses fenômenos mudam com o tempo, em periodicidade, intensidade, área de atuação, Etc.
Fenômenos atuando no Século XX:
ALFA-1903/04,1.918/19,1.928,1.930/32,1.936,1.938/39,1.942/43, 1.947,1.951,1.954,1.958,1.970,1.979/82,1.987, 1.991/93, 1.997/99.Bom inverno no Sudeste e inverno fraco no semi-árido nordestino.
ÍPSILON – 1.900, 1.923, 1.937, 1.945, 1.961, 1.968, 2.000. Bom inverno no sertão nordestino; BETA – nos demais anos do Século XX, quando o sertão nordestino recebe oferta de chuvas entre 400mm a 600mm.ALFA e ÍPSILON atuam combinados, com média de 7 e 9 anos. A estiagem no semiárido acontece quando o índice pluviométrico é menor que 400mm, porque a flora e a fauna estão aclimatados para 5 ou 6 anos consecutivos com índice de chuvas superior a 600mm, intercalado por UM ANO com ALFA (200/300mm). A partir de 1.877/79 passamos a ter 3 a 4 anos seguidos com índice de chuvas inferior ou igual a 400mm, causado pela degradação ambiental, quando a eliminação da cobertura vegetal chegou a 60% na vegetação nativa. Como o desmatamento no semiárido continua a “todo vapor” a tendência é que a escassez de chuvas vai se agravar. ALFA traz transtornos climáticos, com seca ou com chuvas, para metade do Planeta Terra; ÍPSILON é um fenômeno com atuação apenas na América do Sul. A degradação ambiental, a exemplo do efeito estufa, vai provocar grandes estiagens em todas as regiões do Brasil, agravados pelo desmatamento bestial nas Regiões Norte e Centro-Oeste. Se a cobertura vegetal no Brasil tivesse sido preservada em 50% a degradação gerada nos restante do Planeta não teria vez no território brasileiro, porque as matas tem o compromisso vital de controlar todas as variáveis atmosféricas dos 4 elementos da Natureza. El Ñino é uma frente de ar quente estacionada na divisa das Regiões Sudeste e Nordeste, barrando as frentes frias que trariam chuvas para o semiárido.

 Transcrito do Informativo O Veredicto, desta mesma Fonte.

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