quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Educação ambiental.

Vendo-se, de fora para dentro, o sangradouro do Açude Campo Grande no rio Potengi, no município de São Paulo do Potengi,  a 75km da foz em Natal-RN; O leito do sangradouro estar na cota 116, no terreno natural de pedras da caatinga, que seria uma das extremidades da parede de terra de 920m de extensão desse açude; essa parte do rio Potengi é uma transição entre o sertão, nascentes do rio que estão em Cerro Corá, a 100 km, e o agreste aonde o corpo do rio se estende por cerca de 40 km de extensão, até chegar à zona da mata no município de São Gonçalo do Amarante,   e que também recebe  afluentes de Macaíba, Jundiaí, zona da mata. De acordo com as normas de engenharia, a largura do sangradouro de um açude é 3 vezes a largura média da lâmina de água do rio, no caso do rio temporário, do fluxo médio de água corrente durante as chuvas, de tal modo que se o rio recebe uma enchente com lâmina de água de 1,5m, no sangradouro a espessura da lâmina de água é de 50cm;  a parede de terra desse açude de Campo Grande liga 2 morros de caatinga, e pode-se ver no leito do sangradouro que esses morros são de pedras; a última vez que teve fluxo de água correndo nesse sangradouro foi em julho de 2.011; a Bacia hidrográfica do Potengi tem 1.600 km², das nascente até a foz; neste ponto do Potengi, a 75 km da foz, a bacia deve ser, nos 100km de extensão que separam o açude campo Grande das nascentes, de 1.000km²; se em 2012 o índice de chuvas nessa área da bacia hidrográfica foi de 200L/m², 200.000m³ por km², nos 1.000km² da bacia são  200.000.000m³, mas a única água (das chuvas) que o açude recebeu, em 2.012, foi aquela que se precipitou diretamente  na represa, que quando o açude está cheio tem 5,3km²; Por esta matemática fica provado que a açudagem no semiárido nordestino é uma fantasia, uma ilusão; Mas o pior disso tudo é que essa estupidez intelectual já tem mais de 200 anos.

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