Educação ambiental.

A árvore angico, árvore leguminosa de grande porte do cerrado nordestino, nos últimos dias de vida no agreste RN; O agreste, vegetação e solo nativos de cerrado tem (tinha) uma massa vegetal de volume de 0,3m³ X m², e para cada área de 6m² havia uma árvore,ou  um arbusto; na época da chuvas, com índice médio maior que 600mm/ano, maior do que no sertão RN, toda área do agreste, CERRADO, ficava repleta de plantas rasteiras, gramíneas de pequeno ciclo de vida de 150 dias, quando o volume de massa vegetal chegava a  0,8m³/m²; vendo-se essa árvore com dezenas de anos  nesse descampado que durante dezenas de anos foi desmatado para a agropecuária, desmatamento sempre com fogo, imagina-se como ela deve ter sofrido agressões do fogo das coivaras, queimadas, mas também o alto calor reinante, por conta do desmatamento; ao fundo um serrote com árvores dispersas, de pé; causa estranheza que esse angico não tenha sido derrubado pelo fogo, ou pelo machado do agropecuarista, pois é uma lenha de primeira qualidade no fogão de casa, nos fornos das padarias e  das olarias; quanto ás plantas que estão no serrote ao fundo, foram salvas do fogo e do machado por 2 motivos: o terreno é todo lajedo emergente, e as plantas nascem nas brechas das pedras; assim, a área não serve para a agricultura (e portanto não é desmatada), e o fogo não consegue se propagar no lajedo; sabe-se, entretanto que as árvores do lajedo, hoje, representam nenos de 10 da vegetação nativa; eram constantemente cortadas para extração de estacas de madeira das cercas, lenha para o fogão, lenha para fazer carvão. Como já apontamos neste BLOG, em outras postagens, o vegetal, planta, necessita de 5 litros de água por metro cúbico de massa vegetal do seu corpo,  por dia, ou 1.825 L/m³/ano; a oferta média de chuvas de 600mm/ano, 600L/m²/ano, dar 600:365= 1,643 litros por m² dia; a massa da vegetação de CERRADO é 0,3m³/m², e portanto a oferta de chuvas de  600mm é mais que compatível com o volume de massa vegetal; dois elementos ambientais climáticos devem ser levados em conta para entendermos essa regra da lei da Natureza: a estação chuvosa dura de 120 a 150 dias por ano, digamos, 150 dias de solo úmido, ao alcance das raízes das plantas; para que as plantas tenham água no solo; no restante (+ de 200 dias) do ano vai depender da capacidade do solo em absorver (drenar, infiltrar) a água das chuvas - textura, porosidade, e também as raízes das árvores; O cerrado tem solo com espessura de 30cm a 1m de espessura, uma árvore ou arbusto para cada área de 6m², significa que 20% da água  das chuvas se infiltram no solo, ou seja 120 litros de água por metro quadrado desse solo, são 6 X 120 = 720 L/m² para cada árvore ou arbusto, que em 200 dias de verão (sem chuvas), são: 720:200= 3,6 litros de água, por dia X 6m²; logo 3,6 : 5 L/m³/dia = 0,72m³ de massa vegetal, mais que o dobro da água exigida pela massa vegetal de 0,3m³/m² do cerrado; Com o desmatamento incondicional, já não há as raízes das árvores para facilitar a infiltração de água no solo; o solo teve a espessura reduzida, o fogo das queimadas e o sol quente na terra NUA endureceu o solo, impermeabilizando-o, e hoje a infiltração de água no terreno é de 5%; além disto, a oferta de chuvas foi reduzida para 300mm/ano; está explicado por que a árvore angico está morrendo neste lugar que ela escolheu para viver, em obediência às variáveis atmosféricas dos 4 Elementos da Natureza, que foram alterados pela agropecuária paleolítica.