terça-feira, 25 de março de 2014

Educação ambiental.



4)Elemento da flora/fauna da terra. A caçada.
Em qualquer lugar da Terra a fauna é, em número, porte e variedade de espécies proporcional ao nível de cobertura vegetal, porque o Reino Vegetal é produtor de alimentos; por outro lado o porte, variedade e número de vegetais, em determinada área, depende do equilíbrio das variáveis atmosféricas dos 4 elementos da Natureza – Energia luminosa e calorífica do Sol, Ar Atmosférico(21% de oxigênio, 78% de nitrogênio+) solo orgânico mineral e água no estado líquido(doce nas terras emersas e salgada nos Oceanos).
O semiárido natural do Nordeste é apenas a caatinga, palavra indígena (não é científica) que significa área de vegetação arbustiva (até 3m de altura, quando adulta) dispersa, rala, clareiras com 2 a 8 quilômetros quadrados de área, ligeiramente ondulada, não tem solo(de sedimentação), coberta de lajedos e pedras miúdas, irregulares, cortantes, terreno impermeável à água e impenetrável pelas raízes(profundas) das árvores. As árvores da caatinga estão, apenas, nas margens dos riachos temporários, porque têm solo. Os arbustos da caatinga são mufumbo, pereiro, marmeleiro, velame que não passam de 3m de altura. O cacto predominante é o xiquexique; mandacaru e facheiro só nascem onde tem solo; a coroa-de-frade e a macambira nascem junto dos lajedos ou em solo raso.
As caatingas estão rodeadas de vegetação e solo de cerrado (hoje extintos, eliminados).
O sertão nordestino com 500.000km² é a área onde estão inseridas as caatingas, ocupando 50% dessa área. No restante do sertão nordestino estão 50.000km² de leito de rios (secos) e suas várzeas; 70.000km² que fora ocupado pelos cerrados, 130.000km² ocupados pelas bases das modestas (e inúmeras) serras. A flora e a fauna do sertão estavam adaptados às variáveis atmosféricas dos 4 elementos da Natureza, à oferta de chuvas, ao relevo, e à estiagem de 9 a 11 meses que acontecia por conta da ação de El Ñino.
A primeira estiagem prolongada foi de 1.877 a 1.879, quando 60% da vegetação nativa tinham sido eliminadas para os campos de pastagem do gado e para agricultura; conseqüentemente o índice de chuva diminuiu e mudou a freqüência de estiagem.
Em 1.990 a flora do sertão estava reduzida a 20% e a fauna reduzida a 6%. A área que antes era cerrado foi totalmente devastada, sendo hoje ocupada por vegetação secundária de caatinga e, com o desmatamento a espessura do solo (desprotegido) foi reduzida ou o solo foi extraído pela erosão.
O índio caçava e pescava, diariamente, apenas o necessário para comer durante aquele dia; com a colonização do sertão o português explorador e seu escravo (africano) matavam os animais por diversão, armazenavam a carne dos animais caçados (com sal) e empregavam armas de fogo. O efetivo indígena caçava também à noite no chamado facheio (com facho de luz) de aves e pássaros, ou nas “esperas”, sobre as árvores, para caçar grandes animais alvejados por flexas ou armas contundentes. O pequeno efetivo indígena do sertão estava limitado pela oferta de alimentos – caças e peixes;
Os peixes estavam nas pequenas lagoas que secavam durante o verão, mas no leito dos rios temporários existiam os poços (escavados pelas enchentes)que permaneciam com peixes, de um ano para outro. Os rios que hoje são temporários permaneciam com  um filete de água corrente durante o verão; hoje no sertão existem rios que passam 3 a 5 anos sem receber água. Existiam também, até o final do Século XVIII, os chamados brejos de altitude que alimentavam, com sua água, os rios do sertão.
Em conseqüência da degradação ambiental gerada com a eliminação da flora o clima do sertão nordestino sofreu, nos últimos 100 anos, uma mudança que Mãe-natureza não teria condições de fazê-lo em 10 mil anos. O Homem brasileiro destruiu o ambiente, mas não sabe consertá-lo; só nos resta a morte.
Transcrito do Informativo  O VEREDICTO, desta mesma Fonte.


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