5-Um
problema social – o flagelado nordestino.
A
família da fotografia, anexa, tem 7 membros: os pais e 5 crianças; nos
Veredictos anteriores mostramos o flagelado nordestino de ontem e, agora, o de
hoje.O flagelo nordestino não mudou; esta família representa 70% das famílias
do semiárido e das favelas das Capitais de Estados, 20 milhões de pessoas que
não têm emprego, renda; não têm sossego, paz; não têm saúde, subnutridos; têm o
corpo e a mente atrofiados. O pai-de-família (que não aparece na foto) sai de
casa todos os dias às 6 horas da manhã em busca de alguma coisa para alimentar
a família e volta à noite de mãos e cabeça vazias. A profissão de agricultor
não funciona em uma região (NE) onde faliu a agricultura e a pecuária. O homem
trabalhou na agricultura no tempo que aqui (agreste RN) chovia 1.000mm ao ano,
de janeiro a junho; a oferta de chuva, hoje, varia de 300mm a 600mm a ao ano;
em pleno mês de fevereiro não há nuvens (para as chuvas) no céu; olha-se para o
campo (onde se fez agricultura) seco, queimado, sem vida. Mas não é só o homem
do semiárido que sofre o flagelo – no Nordeste amazônico e na zona da mata
nordestina, férteis e úmidos, o homem está morrendo de fome, e em breve vai
morrer de sede, com a água contaminada com veneno da lavoura e excrementos das
cidades. O índice pluviométrico proporciona uma oferta de 400 litros de água doce, pura, por metro quadrado
do semiárido, mas o homem não sabe captar e armazenar, racionalmente, essa água
abundante. Ao longo de 200 anos o Governo Brasileiro investiu uma fabulosa soma
de dinheiro na açudagem, mas com a redução no índice pluviométrico o açude não
enche, não sangra por 3 a 5 anos seguidos, condição para a água armazenada
ficar salgada, veneno para a vida nas terras emersas. Como aconteceu em 2.001 o
rio São Francisco da transposição (sugerida pelo governo) de água vai ter a vazão
reduzida, apesar de o Governo ter investido, conforme diz, milhões de reais na
(suposta) recuperação do Velho Chico. O Brasil caminha a passos largos e às
escuras, na contramão da vida. Embora não conste em qualquer livro de Geografia
do Brasil, existem no Nordeste 8 rios caudalosos ou perenes – Gurupi, Turiaçu,
Pindaré, Grajaú, Mearim, Itapecuru, Parnaíba e São Francisco DESPERDIÇANDO no
Mar do Nordeste, em média, 400.000.000m³ de água doce, por dia, suficiente para
dar um banho em toda a Região Nordeste. Com exceção do Brasil nenhum outro país
da Terra tem, sozinho, o volume de água doce da Região Nordestina. Os 400mm de
chuvas, média ao ano, são 400 L/m², 400.000.000 L/km²; 80% da água da chuva precipitada
no semiárido desaparece 72 horas após a chuva, sendo que 70% vão imediatamente
para o Mar, nos rios temporários; reservando-se 10% dos 900.000 km² do
semiárido para captar e armazenar água das chuvas, diretamente das nuvens, sem
fuga sem contaminação, não haveria a seca, mesmos que os industriais e
operários da seca quisessem; 90.000 km²
X 400.000.000 Litros.
Transcrito do Informativo O VEREDICTO, desta mesma Fonte.
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