segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Educação ambiental.

No assentamento Santa Maria, em Santana do matos-RN, o açude não juntou água nem para matar a sede de um passarinho; ao longe, ao fundo, se ver coqueiros nas margens de um rio seco, alguns morrendo; os (cerca de) 100mm de chuvas em 2.013 não deu para nascer pasto, alimento do gado; dois elementos citados aqui parecem contraditórios: 1) coqueiros com dezenas de anos nas margens de um rio que só teve água corrente em 2.011, quando choveu mais de 600mm (600L/m²/ano) e quando esse açude encheu e sangrou; 2) 100 mm de chuvas em 2.013 não seriam  suficientes para nascer algum pasto?  a) as chuvas são precipitações muito baixas (menor que 10mm, distanciadas entre si); 10mm de chuvas são insuficientes para umedecer o solo ressequido do semiárido, e como a evaporação do solo é de 3,5L/m²/dia, significa que em 3 dias de sol essa água desaparece; b) na caatinga, que representa 70% dessa área, já não tem sementes de pasto para nascer, por que ao longo dos anos o gado comia o pasto antes que ele se reproduzisse; c) o terreno da caatinga NÃO tem solo - o subsolo é  semipermeável infiltrando no máximo 3% da água das chuvas precipitadas (quanto é 3% de 10mm de chuvas?) ; os rios secos do sertão nordestino tem um leito de areia lavada, de fácil drenagem de água, montado, assentado sobre lajedos impermeáveis, de forma que a água só corre (água corrente no leito do rio) quando a camada de areia, que chega a 10m de espessura, está saturado de água; mesmo depois de 700 dias sem ter água corrente no rio (recebeu água em 2.011) ainda há água armazenada na areia do rio, já que a evaporação de água é mínima, mas essa água do lençol vai fugindo, por gravidade, por dentro da areia, das nascentes (terreno mais alto) do rio para a foz, e à medida que o lençol vai secando, vai ficando salgado; os coqueiros plantados nas várzeas do rio tem raízes que alcançam o lençol de água da areia do rio; o coqueiro tolera água salobra, mas por pouco tempo - cerca de 6 meses, quando as chuvas de água doce  do ano seguinte se infiltra (drenagem) na areia do rio, fazendo o suprimento; como em 2.012 e 2.013 as chuvas foram insuficientes para isto, o lençol da areia do rio secou, ou ficou muito salgado a ponto do coqueiro morrer.
Ora, dessa pequena explanação que gera a seca nordestina podemos concluir que todos esses problemas podem e devem ser contornados, eliminados cientificamente.
a) o açude vazio, com 100mm de chuvas, tem uma bacia hidrográfica (provável) não inferior a 20 km²; 100 milhões de litros por km², são 100.000.000 x 20 km²= 2.000.000.000 (dois bilhões de litros de água que poderiam ser captados e armazenados sem perda, sem fuga, na mesma área do açude, suficiente para o abastecimento doméstico do assentamento rural, e produção de alimentos (agropecuária)nos 365 dias do ano; enquantoisto a água das chuvas em 2.013, nessa área, nem molhou o fundo do açude. Embora as caatingas não tenham SOLO, o subsolo pedregoso é muito rico em nutrientes minerais, e se tivesse sementes poderia-se criar PASTO para alimentar o gado na caatinga durante o tempo todo, utilizando parte dessa água captada e armazenada na época das chuvas - 2 bilhões de litros de água é muita água DOCE pura; quanto ao rio, onde a água do lençol FOGE dentro da areia por gravidade ( e não por evaporação da água), pode-se aproveitar essa camada de areia do leito do rio para se armazenar água, em toda extensão do rio: construir  barragens subterrâneas, uma a cada 200m, transversais ao leito do rio de preferência de alvenaria, chegando com a parede da barragem até o lajedo impermeável, embaixo da camada de areia, de tal forma que a água armazenada em cada barragem não vai fugir por gravidade; A água subterrânea da barragem subterrânea terá evaporação muito baixa até 1m da superfície da areia, e quanto mais profundo o  lençol, menor evaporação. Também não vai sofrer contaminação, como acontece com a água armazenada nos açudes.

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