sábado, 2 de novembro de 2013
Educação ambiental.
Quantas vidas destruídas, quantas ideias desvalidas, quantos sonhos perdidos; olhando-se essa pequena propriedade rural abandonada no agreste RN certamente não entende que até o final do Século XVII, antes da ocupação dos "civilizados", essas terras coberta de vegetação de CERRADO, denso, uma grande variedade de espécies de árvores e arbustos, entre os quais o umbuzeiro desfolhado desta fotografia, graças a uma oferta média de chuvas de 800mm/ano, ou 800L/m²/ano, ou ainda, uma lâmina de água de 80 centímetros, um verdadeiro dilúvio; um solo orgânico mineral com espessura de mais 1m, condições satisfatórias para se estabelecer um FAUNA de médio porte: onças, antas, veados, capivaras; e, várias espécies de aves e pássaros; grande variedade de roedores e lagartos; os índios da área bebiam água doce, limpa, em milhares de fontes de água, chamados olhos d`água, uma fonte de água para cada área de 4km²; no local há inscrições rupestres com mais de 6.000 anos; No início do Século XVIII o Homem expurgado da zona da mata RN, densamente povoada, estendeu seus domínios, como dono absoluto das terras e da vida, herança cultural da mesclagem do cruzamento étnico com o português medieval, o escravo africano, e com o índio local, com uma visão de ocupação comum: desmatar, desmatar incondicionalmente, deixando apenas as árvores umbuzeiros (frutífera) e juazeiro, sombra para o gado; na época das chuvas plantavam-se feijão, mandioca, macaxeira, milho, batata doce, jerimum ocupando uma área durante 5 a 8 anos, depois desmatava-se outra área, e mais outra, sempre com FOGO, deixando as áreas anteriores para o gado PASTAR; depois veio o algodão no Século 20, que desapareceu no Século XXI; Ao desmatar uma vegetação com massa de volume de 0,3m³/m², substituindo por sua lavoura de subsistência e algodão de 0,03m³/m² e ainda, de pequeno ciclo (temporário), com a terra totalmente nua todos os anos, o clima foi mudando, o solo NU e arado foi sendo arrancado; consequentemente mudou a direção e intensidade dos ventos, mudaram a umidade do ar e do chão; mudou a incidência e reflexão da luz solar; mudou para maior a temperatura ambiental média; e MUDOU drasticamente o teor de evaporação de água do solo, e água de superfície livre; as fontes de água, olhos d`água secaram; as diversas lagoas da área secam 90 dias após a última chuva; O Homem construiu grandes açudes (veremos um deles nessa propriedade) que inicialmente permaneciam com água armazenada de uma ano para outro; No Século XVIII cavava-se cacimbões nas várzeas dos riachos, ou dos rios, e tinha-se água abundante, ligeiramente salobra, mas tolerável para se beber, tomar banho, lavar roupas (o sabão fazia espuma), mas hoje, toda água subterrânea é salgada, e a cada 3 poços artesianos escavados, com até 100mm de profundidade, um não tem qualquer líquido. É a primeira vez na literatura ambiental mundial que se mostra, cientificamente, como transformar terras férteis e úmidas em semiárido, como transformar semiárido em desertos; MAS dsoriedem.blogspot.com APRESENTA, cientificamente, em todas essas postagens, ideias de se REVERTER esses processos degradantes, fazendo-se o INVERSO, com os elementos atmosféricos disponíveis, do que o Homo Sapiens fez até hoje, por ignorância, por extravagância - a seca nordestina é fruto do analfabetismo científico brasileiro.
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