domingo, 3 de novembro de 2013

Educação ambiental.

Morte da Palma, cacto trazido, há 50 anos para o semiárido NE, dos desertos das Américas, como uma das mais versáteis fontes de alimento do gado, tendo em vista a sua adaptabilidade natural à baixa oferta de chuvas, solo pobre em nutrientes minerais, alta temperatura ambiental; quer dizer: sair de um deserto, onde todos esses elementos ambientais, citados, tem valores extremos, vindo viver no semiárido NE, cuja semiaridez ERA por escassez de solo (apenas) na CAATINGA, mas que a oferta de chuvas, média, era maior que 500mm/ano, diferente dos desertos secos onde a oferta de chuvas é menor que 200mm/ano; em suma: para  esse cacto sair do ambiente "deserto' para o ambiente semiárido seria melhorar a sua "qualidade de vida"; durante dezenas de anos a PALMA produzia no semiárido a maior massa orgânica por área plantada, em curto tempo, até mais do que os  cactos nativos; de repente, a partir do ano 1.991 o cacto PALMA começou a morrer prematuramente, deixando os pecuaristas nordestinos em polvorosa; os males atribuídos, pela comunidade científica, à morte dessa fonte de alimentos do gado, são vários, e a cada dia surgem indagações, e tentativas infrutíferas para se reverter o processo; na fotografia acima a palma vai ser queimada, umas das sugestões dos agrônomos nordestinos; Mas, cientificamente, a resposta para a morte prematura, indesejada da palma é:  As mesmas doenças que atacam a palma no NE são comuns nos desertos secos, seu torrão natal; a partir  da década de 70 (1.970+) a oferta  média de chuvas que no semiárido NE era de 500mm/ano vem baixando drasticamente, e hoje em 500.000km²,  dos 900.000 km² do semiárido NE a oferta média de chuvas é menor que 300mm/ano; com a redução na oferta de chuvas a umidade do ar  (de média )de 50% baixou para 30% ao ano; a incidência e reflexão da luz solar nessa terra NUA aumentaram, temperatura, somando-se, com reflexo em MAIOR evaporação de água dos corpos de animais, de vegetais, do solo, da superfície da represa dos açudes; conclusão: a condições climáticas dessa área do NE são de "deserto", e consequentemente as doenças naturais da Palma emigraram dos desertos para o semiárido NE; Se levarmos em conta que a algaroba trazida também dos desertos como forrageira do gado NE trouxe mais problemas ambientais do que solução como forrageira, esgotam-se as possibilidades apontadas, nos últimos 60 anos, pela comunidade científica BR, de se criar gado no semiárido. Nestas novas condições climáticas, criadas, arquitetadas no decorrer de 200 anos, com a agropecuária paleolítica do NE, o Homem teria de EVOLUIR, JÁ, buscando reverter o processo degradante, com os recursos naturais e com os elementos do clima nos valores disponíveis; o grande problema que inviabiliza essa tomada de posição é que nem a comunidade científica BR sabe como fazê-lo; assim só resta a morte para todos.

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