domingo, 3 de novembro de 2013
Educação ambiental.
Para se ter pasto verde no sertão e agreste NE é preciso 200mm de chuvas (ou mais) em 60 dias, suficientes para as sementes (enterradas) germinarem; a planta nascer, crescer; esse PASTO natural do semiárido tem um ciclo de vida de 150 dias, quando a planta seca, morre, ficando os talos secos que são levados pelo vento; mas o ano tem 365 dias, e o verão sem chuvas (sem água) pode chegar a 11 meses é aí que o gado bovino apela para alimentar-se da única planta, nativa, que permanece verde, e ao alcance da sua boca - a jurema; outras plantas que permanecem verdes: o juazeiro, uma grande árvore, alta, que o bovino não alcança suas folhagens; o cardeiro, ou mandacaru, tem espinhos; a jurema é a árvore mais adaptada às condições climáticas do semiárido, mas estão morrendo prematuramente; estas juremas (da fotografia) têm menos de 2 anos de vida, e surgem do brotamento a partir das raízes que ficam enterradas após o desmatamento com a "arranca" do tronco; não há como arrancar uma jurema sem que fique alguma de suas raízes enterradas, raízes que podem chegar a 20m de comprimento, com a raiz pivô com 2m de profundidade; a estas alturas, com a morte do pasto verde natural, o gado começa a perder peso, massa orgânica; a folha da jurema tem sabor amargo, intolerável para a maioria dos animais herbívoros, e sabe-se que somente o gado bovino do semiárido tem apetite para incluir a jurema, no MENU, no caso específico de não haver outra forma de alimentação; os caprinos, entretanto, tem na folha da jurema um alimento predileto, com o inconveniente de que sua baixa estatura não lhe permite alcançar as folhas acima de 2 metros de altura da jurema. A fome é madrasta: se não tiver plantas verdes para a alimentação, no campo, o gado vai procurar comida na cidade, comendo papelão, plástico, embalagens com odor e sabor de açúcar, sal, gorduras, e, MORRE.
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