quarta-feira, 7 de agosto de 2013
Educação ambiental.
Plantio de feijão "de corda", macassa, ou macassar, o feijão do semiárido; diferentemente de outros feijões cultivados no Brasil, o feijão macassar tem uma massa vegetal 3 ou 4 vezes maior, e por isso plantam-se 3.240 covas de feijão por hectare, ou seja, 3,3m² para cada cova; é a lavoura de subsistência do nordestino que menos exige água, solo úmido, e certamente por isso não é cultivado em regiões que chove mais de 500mm durante a estação chuvosa; o macassar começa a botar flor com 60 dias de vida, e tem ciclo de vida de 150 dias, produzindo vagens (e grãos) durante 45 a 60 dias, podendo produzir 4.000kg a 5.000kg, ou seja, cada pé (ou cova)de feijão dar cerca de 1,5kg de grãos de feijão secos; o feijão é uma leguminosa e como tal dispõe de mecanismos biológicos para coletar o nitrogênio diretamente da atmosfera - por intermédio de bactérias nitrificadoras - que vivem nas raízes do feijão e de lá colhem o nitrogênio, principal nutrientes das plantas, que nesse processo percorre todo o corpo do feijoeiro, mantendo-se durante a vida útil do feijoeiro; na fotografia o feijoeiro tem 120 dias de vida e já não está se reproduzindo, ou seja, não tem flores e assim não tem vagens, grãos; caducou; nessa idade e condições o feijoeiro, ainda verde, já não recebe o suprimento de nitrogênio: as bactérias já cumpriram sua missão; as folhas ficam amarelas, caem (e não se renovam), o corpo do feijão - folhas, galhos, tronco, raízes vai perdendo água, e assim deixando fugir, pela evaporação, o gás nitrogênio do corpo (que é muito volátil) tem IMPORTANTE para as plantas, e que somente é atraído da atmosfera (para o chão) ás plantas, quando: pelo relâmpago, cuja corrente elétrica altíssima FORÇA a união do Nitrogênio com outros gases, formando uma molécula de amônia que chega ao chão; quando a água das chuvas de alta densidade reboca o nitrogênio do ar para o chão; pelas bactérias nitrificadoras das leguminosas; na decomposição de matéria orgânica, pela ação de microrganismos e pequenos animais; O que queremos destacar também é que o feijoeiro inativo (da fotografia) deveria ter, AGORA, seu corpo incorporado (com arado do trator) ao solo para assim forçar a introdução do nitrogênio junto com a massa orgânica ainda VIVA do feijoeiro, assim fertilizando a terra para o plantio do próximo ano, quando a chuva vier em 2.014; por desinformação o agricultor nordestino perde a oportunidade de ter sua terra restaurada, fertilizada sem grande investimento,produzindo sempre; No Nordeste tem um ditado popular que diz: por falta de um grito se perde uma boiada; seria muito importante para a agricultura no semiárido se o Homem soubesse que a incorporação do corpo do feijoeiro macassar no solo é adubação verde de primeira qualidade, e estar ao seu alcance.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário