sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

E/Ambiental.

Tanque no lajedo impermeável; Os lajedos com tanques naturais são muito comuns no agreste (da fotografia), mas no sertão nordestino existem serras constituídas somente de lajedos, sem terra, sem barro, onde os lajedos acumulam muita água das chuvas; há tanques naturais que acumulam mais de 1 milhão de litros de água, podendo atravessar todo o verão de 8 meses (sem chuvas) mantendo a fauna local - roedores, lagartos, aves, pássaros; em alguns lajedos o Homem fez paredes de alvenaria para aumentar a capacidade de armazenamento de água; Os índios do sertão e agreste RN bebiam a água dos tanques do lajedo, mesmo que ainda houvesse (naquele tempo) os olhos de água, fontes que afloravam dos lençóis de água, pé da serra; é possível que sendo nativo da área o organismo do índio tivesse mecanismos de defesa para não adoecer bebendo o líquido  armazenado no tanque do lajedo, lembrando que se o tanque é à céu aberto, muita sujeira entra permanentemente na depressão da pedra, mas por outro lado a luz intensa do Sol do semiárido pode servir para neutralizar a ação da decomposição da matéria dissolvida no líquido, e até mesmo inibir a ação de microrganismos. Quanto ao Homem do sertão nordestino, hoje, acostumado a beber a água podre das cisternas (captada no telhado imundo das casas), das cacimbas e poços dos rios, lixo-líquido dos açudes e barragens com muito cloro, certamente não é pior do que beber o líquido contaminado do tanque de lajedo; para o homem rude nordestino se passar no pano de coar, é água; se visualmente for "limpa" dar para beber, mesmo que seja AGUArdente.

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