Na seca e no meio de espinhos nascem flores; Flor de jurema no dia 15 de janeiro de 2.013 no semiárido RN; Mas não é milagre; é consequência de 10mm de chuvas precipitadas no dia 12 e 13 de janeiro de 2.013, mas excepcionalmente a jurema botou flores mesmo estando sem folhas; a Jurema é uma leguminosa comum no cerrado, nas serras, vales do agreste e sertão nordestino, que pode chegar a 10m de altura, mas na caatinga do sertão não passa de 3m de altura, sendo o mesmo índice de chuvas, por que na caatinga não tem solo de sedimentação; o agreste, por estar próximo da zona da mata nordestina foi contemplado com melhor oferta de chuvas, mas com o desmatamento generalizado ao longo de 200 anos, os índices de chuvas do sertão e do agreste são semelhantes; além da floração da jurema ter sido insignificante, e raríssima entre as plantas da área, provavelmente as flores não se converterão em vagens e sementes por falta absoluta de chuvas em tempo hábil (nos próximos 15 dias - no início de fevereiro); no semiárido a floração de todas as plantas nativas acontecem com as primeiras chuvas do ano, de modo que 3 meses depois da floração já se tem frutos e sementes para se reproduzir; a estação das chuvas começa em janeiro, no mais tardar em março; quando começa em janeiro, tempo de La Ñina, vai até junho, com cerca de 150 dias de duração, de 800 a 1.100mm; quando começa em março dura 90 a 100 dias, podendo chegar a 500L/m² de água das chuvas; mas ultimamente (no Século XXI) as chuvas tem começado em maio e duram no máximo 75 dias; mas se o volume de chuvas no semiárido for inferior a 200L/m², a exemplo do ano 2.012, a maioria das plantas arbóreas e arbustivas botam poucas flores que não se convertem em frutos ou sementes para a reprodução; Com exceção do tempo de La Ñina as chuvas no semiárido são de baixa precipitação (até 20mm por chuva), e distanciadas até 20 dias uma da outra; como o Sol é muito intenso, e os ventos são secos (de baixa umidade) o solo seca rapidamente, agravando o desenvolvimento das plantas, inibindo a produção; há 100 (ou mais) quando a densidade demográfica do semiárido era 60% do que há hoje, e o desmatamento era menor, e o volume de chuvas que hoje caracteriza seca (até 400mm), permitia a produção de feijão macassar, algodão, mandioca, com alguma produção de milho; O feijão, o milho, a batata doce, o jerimum produzem com 90 dias de solo úmido - do plantio à colheita; o feijão macassar permanece produzindo por até 100 dias após o início da floração, com 75 dias, o que significa que estará botando flores, vagens, durante 100 dias, mesmo com o solo com baixa umidade, vida útil de 170 dias. O feijão é uma leguminosa que se beneficia do nitrogênio (gás) do Ar, principal nutriente das plantas; o feijão macassar é uma das culturas com menos exigência de água no Nordeste, que corresponde a 1/2 da água exigida pelo milho no mesmo lugar, no mesmo e clima, para a produção de 1kg de grãos; o feijão macassar produz 1 kg de grãos em 2 m² de área cultivada, um litro de água por metro quadrado ao dia, ou 2L água X kg X dia, ou ainda, 180 litros de água (para umidade do solo na necessidade do feijão) em 90 dias X kg. O feijoeiro macassar ocupa (1.500 pés p/H) com seus ramos uma área 4 vezes maior do que os outros feijões, mas a produção de um feijoeiro macassar é maior do que 4 outros feijoeiros que ocupam 2m², 5.000 feijoeiros por hectare; no semiárido NE o feijão macassar produz 6.000kg por hectare; O milho produz 0,5kg por (5.000 pés p/H) m² (5.000kg/hectare) 1 m² de área plantada, 2 litros de água por metro quadrado, ao dia, ou 4 litros de água por kg, que em 90 dias dar 360 litros de água X kg de milho. Quando chove 300mm (ou 300L/m²) de 90 dias, são 3,333 litros de água por metro quadrado seria bom para o milho, mas o feijão macassar sofreria por excesso de chuvas, ou seja, o solo ficaria muito úmido para o feijão macassar, o que é comum no tempo de La Ñina; Isto nos traz uma lição: captar e armazenar água doce no tempo das chuvas para produzir alimentos no verão, quando o agricultor seria senhor da água. do solo; não haveria pragas, nem doenças na lavoura; Isto é que se chamaria agricultura produtiva científica; Portanto, com 360 litros de água doce podemos manter o solo úmido do semiárido durante 90 dias, ao alcance das necessidades biológicas na produção de 1kg de milho; e com 180 litros de água doce podemos manter o solo úmido, ao alcance das necessidades do feijão, para produzir 1 kg de grãos secos em 90 dias.
Produção de alimentos significa agricultura naturalmente científica.
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