quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013
Educação ambiental.
Estamos (fotografia) na agrovilas Furnas, do assentamento Lagoa Nova, Riachuelo-RN, dando continuidade á pesquisa In Loc das condições dos assentados do INCRA no semiárido NE; O assentado Sr Francisco de Assim, apelido TICO, mostra em uma garrafa de plástico transparente a cor (cor de urina)do que resta na sua cisterna, do que seria água captada no telhado de sua casa em 2.012, o que o governo brasileiro sugere como solução para a seca; por sorte o Sr Francisco de Assis mora sozinho e o consumo de água para beber, cozer os alimentos (e lavar a louça) não chega a 30 litros por dia; para tomar banho, lavar a roupa tem outras fontes de lixo-líquido: a agrovila tem um sistema deficitário de abastecimento que vem da cidade (Riachuelo) que está a 12 km de distância; a própria cidade recebe o lixo-liquido do açude Armando Ribeiro Gonçalves, em Açu, a 124 km de distância, e só pode contar com ele de 90 a 120 horas por mês, com interrupções do fornecimento de até 10 dias por mês, já que as instalações - canos e bombas elétricas foram projetados para atender uma população urbana de 3.500 pessoas, mas como a área rural não tem água, hoje o sistema (com cerca de 30 anos) tem de atender a população municipal de 7.250 habitantes; na agrovila Furnas tem vários pequenos açudes, 80% vazios em janeiro de 2.013, e o restante armazena um lixo que o próprio gado bovino encontra dificuldade para beber. O Sr Francisco de Assis sobevive a duras penas "fazendo trabalhos avulsos" de pedreiro, pintor, na cidade de Riachuelo-RN, com renda semanal de 60 reais, e não tem acesso aos programas paternalistas do governo federal, já que não tem família morando com ele. Na agrovila mora numa casa de alvenaria, ampla - cerca de 80 m² de área coberta, tem um quintal de 30x50m onde cria galinhas "caipiras" alimentando-as com restos de comida cozida que consegue todos os dias em casas de amigos da Cidade.Tem um lotes de terras de 15 hectares onde planta (quando chove, e se chover para umedecer o solo) milho e feijão macassar, que ao colher (se colher) tem que vender para comprar o "comer" que o roçado não produz, para 2 meses; na área coletiva tem outro lote de terras de 10 hectares (ao todo são 25 hectares) onde cria uma vaca. Como assistência técnica o governo federal está, em 2.013, patrocinando escavações de "buracos" a céu aberto, nos lotes, segundo os técnicos, para ajuntar água das chuvas em 2.013; todos os anos é a mesma coisa: cavar buracos nos lotes dos assentados para armazenar água da chuva que não existe; ilusão científica, desperdício de dinheiro público, porém o maior agravante é a perfuração de poços tubulares com até 100 m de profundidade para extrair (com sistema de cata vento) a SALMOURA de baixo da terra, colocá-la em cima do chão destruindo o solo e todas as formas de vida. A reforma agrária nua e crua no Nordeste miserável,
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário