segunda-feira, 20 de maio de 2013

Educação ambiental.

Casa com mais de 100 anos, de pé, apesar do abandono; Tudo nesta casa - paredes, teto, portas(quando tinha) são da terra, da área, e retrata fielmente as casas construídas no agreste e sertão RN desde o Século XVIII; Antes, o Homem, incluindo os caboclos (índios em processo de civilização) faziam a casa era de taipa e coberta com palhas de palmeiras; A casa sem reboco, da fotografia, era muito comum; apesar da CAL, carbonato de cálcio, ser abundante no sertão NE (mas não no agreste), para transformar a pedra calcário em pó, CAL, é preciso um forno, ou caieira, apropriado no qual se coloca as pedras para ser queimadas dias, e dias, até amolecer para ser triturada, ao pó, com uma peça de ferro, em pilão de pedra rocha; hoje o carbonato de cálcio é queimado, em fornos, e triturada por um britador mecanizado, motorizado; o sertão do RN tem muitas jazidas de cal; o tijolo das paredes da casa,  é de argila, barro, também queimado dias e dias, em fornos, feitos com os próprios tijolos; Se não tinha a cal, os tijolos eram assentados na parede com barro molhado, barro com muita liga e porosidade microscópica, abundante no agreste e sertão RN, e a parede resistia por dezenas de anos; A madeira do teto era abundante, em todo RN,  nos primeiros Séculos da ocupação; as telhas também de argila, produzidas manualmente em uma forma de madeira chamada "cágado" devido seu formato em arco, também queimadas em fornos, dias e dias, resistindo às intempéries por centenas de anos; se comparadas às telhas mecanizadas de hoje, a telha manual tem um peso ( e massa de barro) 2 vezes maior, o que exigia boa madeira para sustentá-la no teto, coberta.

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