quinta-feira, 30 de maio de 2013
Educação ambiental.
Tomada fotográfica feita no agreste RN, área chamada semiárido, em 30 de maio de 2.013; é possível que com esses dados sobre o local, e com a imagem estejamos fazendo uma grande revelação ambiental, social, científica; nesta área do semiárido a oferta de chuvas em 2.013 é inferior a 1/3 do normal;choveu 170mm de janeiro a maio, quando a oferta média de chuvas é de 500L/m²/ano, o que acontece na estação chuvosa que começa em janeiro (ou em março) e vai até junho; mas esse pasto variado, de verde exuberante, florido, da fotografia, está na altura das pernas do cavalo, e tem menos de 50 dias de nascido, quando aconteceu em abril do corrente uma chuva de mais de 40mm, suficiente para umedecer o solo profundamente, fazendo as sementes germinarem, logo a seguir pequenas precipitações que mantiveram o solo úmido até agora. Mas o que tem de extraordinário nisto? Em nenhuma outra parte do Brasil teria se formado, em tão pouco tempo, e com tão pouca chuva, uma massa vegetal desse porte e volume, mais 1.000m³ de massa vegetal por hectare, suficiente para alimentar, durante um ano, 15 animais herbívoros de grande porte, e grande parte da fauna local, incluindo aves e pássaros (que comem as sementes); mas infelizmente essa massa orgânica tem naturalmente vida curta, de 90 a 120 dias,mesmo que o solo permaneça úmido pra frente; significa dizer que o pasto do gado permanece até agosto; o verão, sem chuvas, vai de junho a dezembro, e pode se prolongar no ano de 2.014; já em setembro esse pasto seco, no tempo de vida útil, e pela ação do Sol, será despedaçado pelo vento, deixando o chão seco, sem alimento para o gado; Se o Homem quisesse e soubesse poderia cortar 10% desse pasto, fazer silagem, e tranquilamente teria ração para seu rebanho até o começo das chuvas de 2.014, quando se repetirá o milagre testemunhado hoje aqui; Não se sabe até quando o governo, os técnicos e o homem do campo nordestino vai continuar alimentando, por inocência, ou ignorância, a seca nordestina.
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