PROJETO TÉCNICO CIENTÍFICO
PARA RESSUSCITAR OS RIOS MORTOS DO SEMIÁRIDO NORDESTINO.
Só assim o Nordeste tem
jeito e pode dá certo. Só assim a Vida tem vez no Nordeste Brasileiro.
Ressurreição dos rios mortos
do semiárido nordestino, com a utilização científica, racional dos Recursos
naturais, nos valores, nos dimensionamentos atuais dos elementos e das
variáveis atmosféricas.
Para acabar com a famigerada
seca cultural nordestina só tem este Jeito: captar e armazenar 3% dos
1.000.000.000.000 m³, um trilhão de m³ de água das chuvas precipitadas no
semiárido de 1.000.000km² em cada ano de: 2.000, 2.004, 2.008; 2.009 e 2.011,
um volume de água 20 vezes maior do que o volume de água no aqüífero Guarani
(50.000.000.000 m³), no Brasil. Para a comunidade científica brasileira esta
informação científica é absolutamente estranha, mas é VERDADE!
RNNEBR, Jan 2.011.
Damião Medeiros, Ciente e Consciente.
COMO RESSUSCITAR OS RIOS DO SEMIÁRIDO NE.
INTRODUÇÃO: o semiárido
natural do NE é a caatinga com 250.000km², inserida no sertão nordestino que
tem 500.000km² nos Estados PI-CE-RN-PB-PE-AL-SE-BA. A caatinga, palavra
indígena (local) significa “clareira”, onde as plantas estão muito dispersas, e não passam de 3m de altura,
quando adultas; é SEMIÁRIDO por que não tem solo de sedimentação para armazenar
água das chuvas e para manter as plantas de massa vegetal superior a 0,3m³/m².
O terreno da caatinga é forrado com lajedos, com uma fina camada de terra sobre
o lajedo, limitando a penetração de Raízes no terreno, como é o caso das
árvores. A única árvore da caatinga é a favela que tem raízes horizontais, sem
pivô. A algaroba, que não é nordestina, só nasce onde tem solo, fora da
caatinga.
Por conta da
impermeabilidade e deficiência (ou escassez) de solo de sedimentação as maiores
plantas da caatinga são arbustos. Na caatinga nasce o cacto xiquexique, mas os
cactos cardeiro e facheiro, de porte médio, só nascem onde houver solo com
espessura superior a 30 cm, normalmente no cerrado, e nas várzeas dos rios e riachos
da caatinga. Considerando que o reino vegetal é “produtor de alimentos”, os
animais da caatinga são proporcionais à modesta flora.
O sertão NE é caatingas, cerrados, vales,
várzeas dos rios e modestas serras. Fora da caatinga a massa vegetal (nativa)
do sertão NE pode chegar a 2m³/m², sendo o mesmo índice de chuvas da caatinga;
consequentemente a fauna (nativa) dessas áreas do sertão é diferente da fauna
da caatinga. No sertão nordestino existiu fauna de porte médio como a suçuarana
(onça vermelha), onça pintada, veados, animais que durante seu deslocamento
evitavam cruzar as caatingas, não só pela escassez de seu alimento nessas
“clareiras”, mas também pela vulnerabilidade aos predadores, no caso, os índios
. Nenhum outro semiárido da
Terra recebe mais de 500 litros de água das chuvas por metro quadrado ao
ano(durante a estação chuvosa), mas o
sertão nordestino recebe de 200L/m² no tempo de El ñino, a 1.000L/m² de água
das chuvas no tempo de La ñina. É comum a sequência de 3 a 5 anos com oferta de
chuvas de 500L/m² a 600L/m² de água das
chuvas. A média de chuvas seria: em período de 10 anos - 200+400+500+600+800+300+1.000+500+600+1.000=5.900:10=590litros
de água das chuvas precipitados por metro quadrado, ao ano; 5.900m³/hectare,
590.000m³/km². Se o território do sertão é de 500.000km², isto significa
2,95x10¹¹= 295.000.000.000= duzentos e noventa e cinco bilhões de metros
cúbicos de água das chuvas precipitados no sertão nordestino, por ano, ou seja,
mais de 5 vezes o volume de água que dizem existir no aqüífero Guarani, dentro
do Brasil, sabendo-se que esse Aqüífero ocupa uma área de 800.000km² nas
regiões Sul, Sudeste Centro-Oeste, com outras diferenças: no aqüífero Guarani a
água é subterrânea com minerais, matéria orgânica, lixo, e para se chegar a ela
deve-se perfurar o chão para ter acesso ao lençol de água subterrânea, mas no
sertão a água H2O vem todos os anos, de cima, das nuvens; basta
aparar adequadamente, inteligentemente essa água.
Devido à impermeabilidade do terreno da
caatinga do NE, a infiltração de água no chão é de 3%, mas nas outras áreas do
sertão, que têm solo, a infiltração de água da chuva pode chegar a 10%. O
volume de água da chuva que fica nos corpos de animais e vegetais na caatinga é
proporcional à massa orgânica animal e vegetal.
Calcula-se que 90% da água
das chuvas precipitadas na caatinga escorrem nos rios do sertão, de modo que
com qualquer chuvinha o açude enche, e até arromba a parede. Por escassez de
vegetação, e de solo, a evaporação de água na caatinga é 4 a 6 vezes maior do
que no restante do sertão. A evaporação de água nas barragens do rio São
Francisco, no NE, passa de 2m de perda de lâmina de água durante os 8 meses de
verão; deve-se considerar também nesse tipo de armazenamento de água, a perda
de água sugada da represa pela terra
seca em torno da represa e pelo vento seco; pode-se dizer que a perda de água dos açudes do
semi-árido durante o verão não é menor que 60%; considerando-se que a caatinga
ocupa 50% do sertão nordestino, e que
diferente das outras áreas do sertão não se pode fazer agropecuária, devido à
escassez de solo, a melhor destinação da caatinga seria o armazenamento de água
das chuvas, retendo de 3 a 5% da água das chuvas precipitadas na caatinga, sem
perda por evaporação ou infiltração no solo; como o terreno da caatinga está em
um nível mais alto do que as áreas agricultáveis dos cerrados, e das várzeas
dos rios, pode-se facilmente transpor, por gravidade, essa água para se fazer
agropecuária nas áreas mais baixas, citadas.
Até final do Século XIX os
rios do sertão NE seriam classificados como rios temporários, o que significa dizer
que todo ano corria água das chuvas no seu leito durante a estação chuvosa. Com
a construção desenfreada da açudagem nos rios e riachos do sertão, e com o
desmatamento bestial, na área, há rios do sertão que passam até 3 anos sem ter
água corrente no seu leito, o que significa dizer “rio seco, ou morto”.
Contrariando as previsões
científicas, nos últimos 12 anos a oferta de chuvas vem melhorando no semiárido.
Tivemos oferta de chuvas acima de 1.000L/m² nos anos 2.000, 2.004, 2.008, 2.009
e 2.011, mais de 45% do período com anos bons de inverno. Embora a comunidade
científica ainda não tenha se dado conta deste “fenômeno” favorável no
semiárido, isto tem uma causa bem definida: A cobertura vegetal do Planeta
Terra tem tudo a ver com o “condicionamento do clima”, principalmente com a
oferta de chuvas e armazenamento de água das chuvas na litosfera. A cobertura
vegetal controla a umidade do ar, umidade do chão, controla a temperatura,
controla a direção e intensidade dos ventos; CRIA, RESTAURA E MANTÉM O SOLO
ORGÂNICO MINERAL QUE GERA VIDA; interfere na pressão atmosférica; as nuvens são
massa de água condensada na atmosfera, um corpo físico que obedece a uma lei física
natural: um corpo atrai outro corpo na razão direta das massas e na razão
inversa da distância entre os corpos. A Massa vegetal da litosfera também é um
corpo; quanto maior o volume de massa
vegetal, por área, maior a força de atração entre a massa vegetal e a massa de
água das nuvens.
Mais de 80% do território
nordestino foram desmatados do Século XVII ao Século XIX, o que reduziu a
oferta de chuvas e mudou substancialmente os elementos do clima. A
industrialização no Brasil acompanhou a industrialização do mundo, de modo que
o homem do campo fugiu para as cidades em busca de emprego, ao invés de
trabalhar no campo, ou está no sertão sobrevivendo com a bolsa esmola do governo
Federal e outros paternalismos nojentos de nossa cultura; sem agricultura e sem
pecuária no semiárido NE, a própria Natureza restaurou parcialmente a cobertura
vegetal; outro benefício para a Natureza é que a agropecuária nordestina é
feita com “fogo”, um verdadeiro estupro, e como se sabe o fogo e a vida não
podem ocupar o mesmo lugar ao mesmo tempo, embora na sua bestialidade a
comunidade científica brasileira continue acreditando que o fogo é um dos 4 elementos
da Natureza. O governo brasileiro vem há mais de 400 anos insistindo em idéias
de “jericos” para o NE, tais como “açudagem”, poços artesianos,
dessalinizadores, transposição da água do Velho Chico, cisternas para armazenar
o lixo do telhado das casas; mas isto tem uma explicação: o Brasil não tem
vontade própria; a literatura ambiental brasileira foi coPIADA da literatura
ambiental dos USA em 1.992 (Eco92), resultando em um festival de bobagens
traduzida na letra do samba do crioulo doido. É preciso evoluir
cientificamente; é preciso parar de copiar tecnologia fajuta de outros povos,
porque os elementos da Natureza no Brasil são exclusivos, sui gêneris.
Independência, ou morte! Precisamos ter uma literatura ambiental “PRÓPRIA”.
Agora esta frase “independência ou morte” é responsável e séria.
SUGESTÃO para ressuscitar os
rios mortos do semiárido NE:
Sabemos que as calhas dos
rios do semiárido são as maiores depressões do terreno, para onde escorre a
maior parte da água das chuvas, e mesmo após o período chuvoso a água dos
lençóis subterrâneos (criados nas várzeas dos rios e riachos) permanece
escorrendo para a calha dos rios. O leito dos rios normalmente é uma camada de
areia grossa, lavada, em cima de lajedos. Essa camada de areia tem até 10m de
espessura, que acumula parte da água das enxurradas; as várzeas dos rios do
sertão têm salitre em 30% do terreno das várzeas; o reduzido
volume de água na camada de areia do leito do rio evapora facilmente para o ar
ou é sugado pela terra seca das 2 várzeas que margeiam o leito do rio. O fato é
que no leito dos rios do sertão a água salobra armazenada na areia dar cacimbas com água para o gado beber.
Nas várzeas dos rios, a
partir de 10m de profundidade, até 100m de profundidade, tem um lençol
subterrâneo de água salobra. O salitre é nitrato de sódio formado por ácido
nítrico NHO3 e sódio; o ácido nítrico é formado na atmosfera pela
poluição, de modo que o Ar e a chuva da atmosfera trazem o nitrato para o chão;
ao chegar ao chão a água corrente da chuva precipitada arrasta das partes altas,
para as várzeas, a cinza, a fuligem e o carvão da madeira queimada nas
coivaras, e na abertura de campos de lavoura e pastagem, onde se soma ao sódio
natural do terreno criando o salitre, ou seja,
Sal. Com as chuvas esse salitre é lixiviado para baixo do chão da
várzea, até 30cm de profundidade, mas na areia do rio, que tem boa drenagem , o
salitre atinge toda camada de areia do leito do rio. Quanto maior a
concentração de salitre no solo, mais salgada fica a água. Para se diminuir a
porcentagem de sal no terreno e no lençol de água subterrânea injeta-se água
doce das chuvas. Se o leito do rio recebesse água corrente durante, pelo menos,
8 meses do ano, a areia de fácil drenagem não tinha salitre e a água do lençol
freático seria de água doce, ou pelo menos tolerável pelas plantas da
agricultura e para se beber. Nas várzeas dos rios a água doce da chuva deveria
ser injetada em poços até alcançar o lajedo impermeável, onde fica o lençol de
água, e que está numa profundidade a partir de 10 metros; essa água seria injetada em poços tipo cacimbões, escavados nas várzeas, até
saturar o lençol, o que deveria ser feito permanentemente com água doce
armazenada durante o período chuvoso, que como já frisamos seria água das
chuvas captada e armazenada nas caatingas, que chegaria às várzeas do rio por
gravidade.
A saturação do lençol
subterrâneo das várzeas vai forçar a saída da água para a calha do rio, por
gravidade natural.
Uma segunda técnica para se acumular
água junto dos rios secos do sertão é criar “charcos” nas várzeas; exemplo:
escava-se, com máquina apropriada, o terreno das várzeas, digamos, uma camada
de 3 metros de espessura, em retângulos de 20m x100m, e coloca-se um camisão de
lona plástica no buraco; tiram-se areia lavada do leito do rio, misturam-se com
5% de estrume de gado e com esse material (areia+ estrume) preenche-se 30% do
buraco, que servirá para armazenar água, ou seja, um tanque subterrâneo com
água que se infiltra a partir da superfície do terreno; completa-se o restante
do buraco com o material escavado na várzea. O restante do barro retirado do
buraco da várzea vai para o leito do rio, substituir a areia que foi retirada,
condição para criar um lençol de água subterrânea, com pouca fuga de água.
Durante a estação das chuvas a água vai se infiltrar nesse terreno, atingindo a
camada de areia e estrume no fundo do buraco, (tanque subterrâneo) água
armazenada que evapora 10% e não foge (impermeável), mantendo o “charco” 2 ou 3
meses após a última chuva do ano, e no restante do verão mantem-se o solo úmido por causa da água acumulada
no fundo do tanque subterrâneo; isto permite o cultivo, no verão de 8 meses,
inicialmente de arroz, e após a colheita
de arroz, com 90 dias, pode-se plantar milho, feijão, Etc. no solo úmido.
Embora a água desse tanque subterrâneo não vá chegar ao leito do rio por causa
do plástico impermeável, a evaporação externa (10%) da superfície vai
contribuir para aumentar a umidade do Ar, e consequentemente melhorar o clima
na área.
Outra medida é construir
barragens de pedras/cimento no leito (a parede assentada no lajedo abaixo da
camada de areia) do rio, até a altura da barreira da várzea, fazendo com que o
leito, a calha do rio seja, após cada enxurrada, uma lâmina d`água em grande extensão do rio( digamos, 50% da extensão).
Isto vai forçar a infiltração de água nos lençóis subterrâneos e a água
evaporada vai trazer benefício ao clima.
Desta forma o sertão NE
disporá de água abundante para a irrigação (ou aguação) de lavoura ou do pasto
do gado (capim, cana-de-açúcar) nas várzeas dos rios durante o verão de até 11
meses. Nas caatingas que margeiam as várzeas dos rios, digamos até 100m da
várzea, capta-se e armazena-se água das
chuvas, captada em lona plástica e armazenada em lona plástica; essa água é armazenada
nas cisternas e será canalizada em valetas impermeabilizadas com o mesmo
plástico para suprir os cacimbãos escavados na várzea do rio, saturando-os permanentemente
com água; essa forma de transposição de
água das cisternas da caatinga para o cacimbão das várzeas do rio não deve
provocar assoreamento do cacimbão. A água do cacimbão pode e deve ser
utilizada, também, para a “aguação”(não é irrigação) de lavoura no verão. A
água do cacimbão, portanto, vai sair por 3 processos: evaporação para o ar,
infiltração no lençol; e para a produção
(aguação) de alimentos nas várzeas do rio; sugerimos 3 cacimbões por hectare, com um suprimento de
água das cisternas das caatingas de acordo com a saída da água do cacimbão,
mantendo-o sempre cheio para que a coluna d’água force, por pressão, a água no
lençol subterrâneo. Se no verão de 8
meses, ou 240 dias, cada cacimbão vai receber 5m³ de água por dia, as cisternas
de suprimento de água deve armazenar 240x5= 1.200m³ de água.
Nas várzeas do rio, terreno
de argila/terra, a escavação de buracos é muito fácil, mas nas caatingas,
terreno forrado de pedras e lajedos, não há como escavar as cisternas. As
cisternas serão feitas com paredes de alvenaria, com se fossem uma barragem,
mas forradas com lona plástica; a área de captação de água para suprir a
cisterna é forrada com plástico, somente, no período das chuvas.
A área de captação e armazenamento
de água na caatinga, próximo ao rio, deve ser cercada para evitar o acesso de
gado, mas pode ter matéria orgânica dissolvida na água. Não pode haver terra,
barro, areia nessa água que vai para o cacimbão, o que provocaria o
assoreamento.
A escavação das várzeas para
os tanques subterrâneos, o charco destinado a agricultura, deve ocupar 30% das várzeas dos rios, que com os 3 cacimbãos por hectare, a área
ocupada por esses dois processos de armazenamento de água deve ocupar 40% da
várzea, restando 60% da várzea para outros fins. Durante as enxurradas é
provável que a água corrente no rio
atinja, com uma pequena lâmina d água, os cacimbãos e os charcos da várzea; o
único inconveniente é para o cacimbão que pode receber massa orgânica e areia trazidas pela
enxurrada; quanto aos charcos, só há
benefício, já que a plantação nessas áreas é feita somente no verão, quando não
há enxurradas.
As barragens no leito do
rio, feitas de pedras e cimento, assentadas no lajedo do leito do rio, têm
paredes em altura igual ou inferior a altura da barreira do rio com a várzea, o
que vai forçar a água corrente do leito do rio a chegar às várzeas com uma
pequena lâmina d água. A construção dessas barragens visa criar uma lâmina de
água no leito do rio, que deve permanecer, apesar das perdas por evaporação e
infiltração, durante o verão. Essa água vai suprir os lençóis de água
subterrânea do leito do rio e das várzeas, mas também vai evaporar para o AR,
melhorando o clima do ambiente; a idéia é que os 4 processos de armazenamento
de água, junto ao rio – cisternas, cacimbãos, tanques subterrâneos e barragens
sejam capazes de manter, permanentemente, um fluxo de água corrente no rio, ou
que significa RESSUSCITAR o rio, ou melhor, CRIAR, GERAR UM RIO PERENE no
semi-árido NE, já que os rios do sertão nordestino jamais foram perenes, ou
pelo menos não o foram nos últimos 10 mil anos.
Essa condição de perenização
do rio vai se consolidar em curto prazo, de até 3 estações chuvosas, ou 3 anos,
mesmo que a oferta de chuvas seja de até 500L/m² ao ano; A água corrente da
perenização do rio vai empurrar os poluentes para o Mar.
Com água doce abundante na área, em torno das
várzeas do rio, a vida animal e vegetal será renovada com grande impulso,
inclusive nos cerrados e nas caatingas próximos, o que servirá de modelo para
outras áreas da Terra.
ESTUDO COMPARATIVO.
Um rio com 90 km de extensão tem uma bacia
hidrográfica de 240 km² no semi-árido. Durante a estação chuvosa de 150 dias
recebeu 600L de água por m², ou 6.000m³/hectare, ou ainda 600.000m³/km², ou
seja, 144.000.000 m³ de água na bacia.
Precisamos guardar nos 4
processos de armazenamento de água propostos neste texto – cisternas nas
caatingas próximas ao rio, cacimbãos,
tanques subterrâneos nas várzeas do rio, e barragens no leito do rio de 3 a 5%.
Vamos propor fazer esse armazenamento de água em 50% da extensão do rio, na
área mais densamente povoada de modo a trazer benefício à população. Esse
armazenamento de água estaria numa área de 300m de largura nas 2 margens do
rio, e 45km de extensão, uma área de cerca de 12km².
Os 3% de 144.000.000m³ são
4.320.000m³, que numa área de 12km² significa 360.000m³ de água por km², ou 360
litros de água armazenada por m² dessa área, como se fosse uma lâmina de água
de 36 cm de espessura.
Durante o verão de 8 meses a
água evaporada das cisternas das caatingas, dos cacimbãos e das barragens no
leito do rio é de até 40%; a água evaporada do tanque subterrâneo é menor que
10%; a água sugada pela terra seca das cisternas e dos tanques subterrâneos, impermeabilizados
com plástico, é ZERO.
O volume de água das barragens do leito do rio
que se infiltra no leito do rio impermeabilizado pelos lajedos é apenas nas
fendas da pedra, já saturadas com água; a infiltração de água das barragens nos
lençóis laterais subterrâneos das várzeas é praticamente ZERO, já que estarão
saturados com água dos 3 cacimbões por hectare;
o plantio de culturas
permanentes(fruticultura, extrativos) junto às várzeas do rio diminui a
evaporação de água do solo; quanto mais massa orgânica vegetal, por área, mais
oxigenação do Ar, mais absorção da poluição atmosférica, mais benefícios; água
corrente (em movimento) significa oxigenação da água.
Os cálculos para o volume de
água das chuvas a ser captada e armazenada, compreendem a água para irrigação
de lavoura, para circular nos lençóis subterrâneos (por gravidade), para a
evaporação no verão; cada uma das 4 formas de armazenamento de água tem função e comportamento diferentes.
Admitindo-se que a
evaporação da água, para o AR, e a fuga da água nos lençóis subterrâneos, tenha-se
uma transferência de 50% da água, seriam 180L/m² em 240 dias de verão, sem
chuvas.
Podemos afirmar, com certeza
científica que os 360 litros de água das chuvas acumulados, junto ao rio, por
metro quadrado em uma área de 12km², em 50% da extensão do percurso do rio, são
suficientes e necessários para manter um fluxo de água corrente, no verão, das
cabeceiras à foz do rio;
essa circulação de água durante o período
chuvoso é natural, mesmo que o volume de chuvas, ao ano, seja inferior a
500L/m². Estamos falando de SOLUÇÃO, ou EVOLUÇÃO?
A CONCLUSÃO é a Redenção do
Nordeste.
Somente com a aplicação,
simultânea desses 4 processos de armazenamento de água junto ao rio é POSSÍVEL
transformar rio seco, morto, em Rio VIVO, Perene no Semiárido. Qualquer outra
versão é BALELA, engodo científico.
Despertar de consciência:
O rio Potengi deu o nome á Capitania
hereditária, à Província e ao Estado do Rio Grande do Norte. Foi um rio
temporário durante 10 milhões de anos, mas a partir de meados do Século XX foi
transformado, pelo “envolvimento insustentável”, em RIO SECO, ou Rio morto. 2%
do rio Potengi ESTÃO dentro da região metropolitana de Natal-RN, onde se GERA
99% da Degradação AMBIENTAL que o levou a Morte. Mas ainda há uma forma de
RESSUSCITÁ-LO. ACORDA Brasil! Sai da inércia, do marasmo, da ignorância.
Quem conhece o problema
conhece a solução;
O Rio Potengi, o rio grande
do norte nasce no município de Cerro-Corá, sertão RN, corta o agreste –
Riachuelo, Barcelona, S. Paulo e São Pedro do Potengi - RN, atravessa a zona da
Mata – Macaíba e São Gonçalo – RN, tem a foz em Natal-RN, 176 km de extensão,
declividade 800:1; Na área de sertão –
Cerro-Corá a São Tomé, a calha do rio está entre caatingas e serrotes com
depressões entre 20 m e 100m; o mesmo no agreste; na zona da mata; entre
morros; Macaíba e São Gonçalo do Amarante são região metropolitana, que
juntamente com Natal transformaram o rio
Potengi em depósito de esgotos, lixos, resíduos industriais, inclusive
derivados de petróleo; O grande problema do despejo de esgotos não é por causa
dos excrementos e dejetos, mas PRINCIPALMENTE por conta das drogas e ácidos da
“limpeza” – detergentes, desinfetantes, sabões,
xampus, perfumes, todos estranhos na Natureza, que no caso de Natal-RN
não tem como interromper, visto que mais agravante é está há 413 anos injetando
esse mesmo material nos lençóis subterrâneos de onde coleta-se água??????? Para o abastecimento urbano, que
pode inclusive inviabilizar Natal até o ano 2.050, e nem por isso as autoridades
e população tem se manifestado, se sensibilizado; A ressuscitação do Rio Potengi pode, se o
Governo BR quiser, acontecer em 110 km,
entre as nascentes e o açude de Campo Grande em São Paulo do Potengi, o que
consiste, como já vimos neste texto, em criar uma vazão permanente de água
corrente, forçando a sangria permanente do açude, e assim empurrar,
permanentemente, no MAR, parte dessa
sujeira lançada no Potengi entre Macaíba e Natal; Para aplicar o projeto de
criação de um fluxo permanente de água doce no leito do Potengi, é necessário
arborizar os 2 lados da calha do rio, numa faixa de 200m, de cada lado,
reduzindo a erosão, reduzindo a evaporação de água, criando duas faixas verdes
com todos os benefícios para o clima, mas com plantas – árvores, arbustos
frutíferos, de vida longa, adaptados à baixa salinidade, ATUAL, da água do
leito do rio, e capim para ração do gado; O Potengi é a maior depressão da área
e sua bacia hidrográfica é maior que 10.000km², com vários afluentes que devem
também ser cuidados; a arborização nos
200 m laterais da calha do rio é 30m a 100m de desnível com relação ao leito,
devendo-se fazer terraços, patamares no terreno, com tecnologia de drenagem da
água das chuvas; MAS há outra opção de se criar essa massa vegeta protetora,
sem depender da água salobra do lençol do leito do rio: trata-se do “Tanque
Retentor de água subterrânea para agricultura” no semiárido, o tempo todo, sem
irrigação; Estamos, neste texto de ciência ambiental propondo solução
eficiente, eficaz para se ressuscitar, em médio prazo (máximo de 10 anos) o rio
Potengi, o Rio Grande do Norte, que certamente seria modelo para todo o NEBR, mas também para o
mundo, onde há problemas semelhantes.
dsoriedem.blogspot.com
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