terça-feira, 27 de novembro de 2012
Educação ambiental científica;
Parte da Humanidade, hoje, já tem consciência de que a grande mudança climática ambiental que a Terra está sofrendo tem como causa o "envolvimento insustentável" da Humanidade; sabemos que existem elementos naturais que causam desequilíbrio nas variáveis atmosféricas na América do Norte, em grande parte da América do Sul, Europa, Ásia, mas o Brasil é privilegiado neste aspecto; Aqui não há vulcões, tufões, terremotos, tempestades, tsunami; A seca NE é apenas cultural, e as enchentes no Sudeste, Sul ( as vezes no NE) que só acontecem nas cidades, são do lixo cultural; recentemente estamos fazendo um trabalho de campo para elaborarmos um planejamento para ressuscitar rios no RN, associando os problemas, as causas, e o efeito à ação do Homem local; A comunidade científica afirma que para cada ação destruidora do Homem, ao Ambiente, a Natureza reage visando se restaurar; Neste trabalho de pesquisa no rio Camaragibe, não identificamos, sequer, um item que represente uma reação da Natureza; é como se a Natureza estivesse dando um tempo para os brasileiros se redimirem das agressões ambientais que cometem nesses últimos 100 anos, com nossos recursos naturais; Para quem acredita, a natureza é obra de Deus, e para Deus o inocente não peca, não tem consciência do que diz ou faz; O que queremos dizer é que é possível ressuscitar o rio Camaragibe empregando recursos do próprio meio; nos 41 km do corpo do rio Camaragibe 70% do salitre estão apenas nas barreiras do rio e no leito onde o piso é de argila; Nas áreas onde a calha do rio é rasa, por conta da proximidade de açudes construídos no rio, passam-se vários anos sem ter água corrente, já que grande parte da água do inverno fica presa no açude; somente nos anos de La ñina, 1.000L/m², o açude sangra e assim tem água corrente durante dias e até meses, em todo o rio, o que é bom para empurrar o salitre a a sujeira (assoreamento) do rio para frente; por conta da calha rasa do rio, no tempo de La ñina a água das enchentes transborda nas várzeas, que as vezes se acumula, depositando algum salitre na várzea, claramente identificado pela presença da gramínea pirrichil; Essas várzeas são de argila, onde o salitre está apenas em uma camada fina da superfície, e pode ser facilmente corrida a salinidade do solo com a introdução de carbonato de cálcio - Cal; Com relação ao salitre nas barreiras e no leito do rio, pode ser facilmente removidos pela pressão da água da enchente, e ajuda do Homem, o que não tem acontecido por conta da redução na oferta de chuvas e da construção de açudes; Mesmo com 500L/m² de água das chuvas, os açudes tomam água, mas não sangram, de modo que o salitre arrancado do rio pelas enxurrada vai integralmente ficar no leito do açude, aumentando a salinidade da água, agravado pelo fato da água estar "parada" durante a maior parte do tempo (do ano): à medida que a represa do açude vai baixando, diminuindo o volume de água, por evaporação e outros fatores, a salinidade do açude vai aumentando; No tempo de La ñina o açude sangra, um volume de água 10 ou mais vezes maior do que a capacidade de armazenamento do açude, de tal modo que parte do sal do leito do açude vai para o mar junto com o sal arrancado do rio pela pressão da água corrente, e assim o açude permanece com água ligeiramente doce a maior parte do ano. Considerando-se que a açudagem representa, por estes e por outros motivos, um problema (e não solução), a restauração dos rios do semiárido tem, entre outras providências, a eliminação dos açudes, que se tornaram, ao longo dos tempos, verdadeiras salinas, lixo; Como Já vimos no decorrer da exposição de postagens neste dsoriedem.blogspot.com, é perfeitamente natural captar-se e armazenar-se água doce, pura das chuvas, todos os anos no semiárido, em todo lugar, em qualidade e quantidade para tudo; Reverter o processo de desertificação do semiárido NE, depende: 1) captar e armazenar água doce pura das chuvas para o abastecimento urbano e produção de alimentos (agropecuária); 2) ressuscitar os rios secos,mortos, criando fonte de água doce das chuvas junto ao rio - "como ressuscitar os rios do semiárido"; 3) fazer uma agricultura aproveitando racionalmente a água doce das chuvas disponibilizada - o Tanque Retentor de água subterrânea para a agricultura, o tempo todo, sem irrigação - a forma mais inteligente de se produzir alimentos - agropecuária, com a menor quantidade de água onde o agricultor é SENHOR do solo, da água, do espaço físico, e até pode controlar a luz solar, ventilação, etc. lembrando que os outros 3 elementos da Natureza - energia luminosa e calorífica do Sol, solo orgânico mineral, gases atmosféricos estão na medida certa, no NE, para a proliferação de vida; e quanto à água, como já dissertamos aqui, tem abundantemente para tudo - basta apará-la do Céu, e armazená-la pura, sem perda, sem evaporação, sem contaminação tal qual vem das nuvens; 4) interromper todo os processos de criação de salitre no solo e salinização da água de superfície; 5) eliminar todos os poços artesianos, tubulares que sabidamente estão sugando, extraindo a água salgada subterrânea e jogando em cima da terra, podendo-se, inclusive injetar,sob pressão, no poço, água doce das chuvas captada e armazenada com este fim, de modo a aumentar o volume de água no lençol subterrâneo e assim reduzir o teor de sal; todas estas medidas, juntas, devem transformar o semiárido NE de 890.000km² no que foi há 500 anos, quando o Homem estabelecido era selvagem, que vivia da coleta, da caça e da pesca onde hoje o Homem não consegue viver nem com os programas paternalistas do governo; O número de habitantes no NE poderia ser multiplicado por 10 ou mais, vivendo em paz com a Natureza, com as outras formas de vida e com Deus; 80% da vegetação nativa do NE foram eliminados nos últimos 200 anos para os campos de lavoura e pastagem do gado, e mesmo assim produz, hoje, menos de 30% da massa de alimentos que consome; Tudo o que a gente come vem das plantas; não há exceção; todo vegetal tem alimento para a gente; Para viver é preciso mudar - plantar, ao invés de DESmatar;
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